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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Arranjos Produtivos Locais - APLs


Jornal ABC Maior – EDIÇÃO Nº 544 – 05 de março de 2013

Jefferson José da Conceição


Arranjo Produtivo Local, ou APL, representa a aproximação e o diálogo entre empresas de um mesmo território para uma ação coordenada, visando o crescimento da produção e da competitividade. O APL contribui para levantar problemas comuns às empresas e para elaborar e executar políticas (públicas e privadas) que promovam, de modo duradouro, o fomento da atividade produtiva no território. Do diálogo (“arranjo”), também costumam participar associações representativas das empresas, universidades, instituições de ensino técnico e gestão pública.

Em regiões como o ABCD, onde o movimento sindical é forte e propositivo, o sindicato de trabalhadores igualmente costuma participar e até mesmo liderar os APLs. As   empresas de um APL pertencem, em geral, a uma mesma cadeia produtiva, mas, em cada caso, o APL pode ganhar diferentes configurações: pode se constituir de empresas produtoras de bens finais similares; de bens finais e de fornecedores; de fornecedores; de prestação de serviços etc.

Assim como as empresas podem ser de diferentes portes, nacionalidades, culturas empresariais, o APL pode ou não tornar-se uma pessoa jurídica.

Nas últimas décadas, os APLs passaram a ser olhados com mais atenção. A partir da experiência de diversos casos de sucesso, percebeu-se que os arranjos costumam gerar vantagens competitivas estruturais para as empresas e territórios a eles associados. Os APLs promovem uma série de sinergias entre os participantes, incentivando a  cooperação nas áreas de produção, comercialização, financiamento, formação de  recursos humanos, engenharia, projeto e inovação. Isto resulta em redução de  custos, aumento das escalas de produção, incremento do valor agregado e expansão das áreas de pesquisa e desenvolvimento. Por esta razão, os APLs passaram a ser  poiados e estimulados. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e  Comércio Exterior, bem como o BNDES, são exemplos.

A política de desenvolvimento econômico de São Bernardo também trabalha na perspectiva de apoio ao surgimento e fortalecimento de APLs na cidade e Região. É uma de nossas prioridades no campo empresarial, conforme nos orientou o prefeito Luiz Marinho. Na indústria, são os seguintes os APLs que temos buscado priorizar: 1) Ferramentaria; 2) Autopeças; 3) Químico; 4) Defesa; 5) Móveis; 6) Panificação; 7) Gráficas.No segmento de comércio e serviços: 8) Restaurantes, bares e afins; 9) Turismo.

Em todos os APLs, buscamos produzir diagnósticos dos problemas, elaborar e executar propostas de soluções e gerar articulações diversas.

O esforço resulta na formulação e execução de uma política setorial com resultados para cada segmento em questão e para a Região como um todo. Procuramos sempre contar com o apoio e envolvimento de nossas entidades representativas, o Ciesp, Acisbec, sindicatos de trabalhadores, sindicatos patronais, associações empresariais, universidades, entre outros.

Os bons resultados são visíveis e mensuráveis, como atestam os casos da ferramentaria, móveis e turismo.


Jefferson José da Conceição*  é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São

#Arranjosprodutivoslocais#apls

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