Jornal ABC Maior – EDIÇÃO Nº 544 – 05 de março de
2013
Jefferson José da Conceição
Arranjo Produtivo Local,
ou APL, representa a aproximação e o diálogo entre empresas de um mesmo
território para uma ação coordenada, visando o crescimento da produção e da
competitividade. O APL contribui para levantar problemas comuns às empresas e
para elaborar e executar políticas (públicas e privadas) que promovam, de modo
duradouro, o fomento da atividade produtiva no território. Do diálogo
(“arranjo”), também costumam participar associações representativas das
empresas, universidades, instituições de ensino técnico e gestão pública.
Em regiões como o ABCD,
onde o movimento sindical é forte e propositivo, o sindicato de trabalhadores
igualmente costuma participar e até mesmo liderar os APLs. As empresas de um APL pertencem, em geral, a
uma mesma cadeia produtiva, mas, em cada caso, o APL pode ganhar diferentes
configurações: pode se constituir de empresas produtoras de bens finais similares;
de bens finais e de fornecedores; de fornecedores; de prestação de serviços
etc.
Assim como as empresas
podem ser de diferentes portes, nacionalidades, culturas empresariais, o APL
pode ou não tornar-se uma pessoa jurídica.
Nas últimas décadas, os
APLs passaram a ser olhados com mais atenção. A partir da experiência de
diversos casos de sucesso, percebeu-se que os arranjos costumam gerar vantagens
competitivas estruturais para as empresas e territórios a eles associados. Os
APLs promovem uma série de sinergias entre os participantes, incentivando
a cooperação nas áreas de produção,
comercialização, financiamento, formação de
recursos humanos, engenharia, projeto e inovação. Isto resulta em
redução de custos, aumento das escalas
de produção, incremento do valor agregado e expansão das áreas de pesquisa e
desenvolvimento. Por esta razão, os APLs passaram a ser poiados e estimulados. No Brasil, o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, bem como o BNDES, são
exemplos.
A política de
desenvolvimento econômico de São Bernardo também trabalha na perspectiva de
apoio ao surgimento e fortalecimento de APLs na cidade e Região. É uma de
nossas prioridades no campo empresarial, conforme nos orientou o prefeito Luiz
Marinho. Na indústria, são os seguintes os APLs que temos buscado priorizar: 1)
Ferramentaria; 2) Autopeças; 3) Químico; 4) Defesa; 5) Móveis; 6) Panificação;
7) Gráficas.No segmento de comércio e serviços: 8) Restaurantes, bares e afins;
9) Turismo.
Em todos os APLs, buscamos
produzir diagnósticos dos problemas, elaborar e executar propostas de soluções
e gerar articulações diversas.
O esforço resulta na
formulação e execução de uma política setorial com resultados para cada
segmento em questão e para a Região como um todo. Procuramos sempre contar com
o apoio e envolvimento de nossas entidades representativas, o Ciesp, Acisbec,
sindicatos de trabalhadores, sindicatos patronais, associações empresariais,
universidades, entre outros.
Os bons resultados são
visíveis e mensuráveis, como atestam os casos da ferramentaria, móveis e
turismo.
Jefferson José da
Conceição* é secretário de Desenvolvimento
Econômico, Trabalho e Turismo de São
#Arranjosprodutivoslocais#apls
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