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sábado, 21 de dezembro de 2013

A escolha do Gripen e o ABCD


ABCD MAIOR  - SITE – 21/12/2013 - ARTIGO
 
   Jefferson José da Conceição

 

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo fala sobre a relação do Gripen com a Região
 
A indicação do projeto Gripen, da empresa sueca Saab, como vencedor da concorrência para o fornecimento de aeronaves supersônicas ao Brasil, deve ser motivo de atenção por todo o País, mas em especial pelo ABCD. A Prefeitura de São Bernardo, sob a liderança do prefeito Luiz Marinho, atualmente presidente do Consórcio Intermunicipal, acompanha desde 2009 a evolução destas discussões.
Em março de 2010, o prefeito chefiou delegação em visita à Suécia, da qual fiz parte. O objetivo era iniciar conversações para inserir a Região na fabricação e desenvolvimento do Gripen. O prefeito sempre realçou que a escolha cabia à Presidência da República e às Forças Armadas, mas que esperava contribuir com suas impressões sobre a proposta sueca. E que seu papel era apresentar nossa Região como maior polo industrial da América Latina.
Ficou claro para nós que o Gripen não era um “avião de papel”, como se especulou no Brasil. O prefeito voou no Gripen e conheceu seu processo de produção.
A imprensa divulgou que os custos por ano de vida útil do Gripen eram inferiores aos dos concorrentes. O prefeito enfatizou que isto era importante, mas que a escolha levaria em conta vários fatores, inclusive geopolíticos.
Pela proposta, metade da aeronave seria produzida no Brasil e metade na Suécia. O Brasil produziria até 80% da estrutura mecânica e 40% da engenharia de projetos.
O desenvolvimento de equipamentos da área de defesa gera conhecimentos de utilidade muito além da área militar. Instrumentos da aviação civil, da infraestrutura e até utensílios domésticos derivam de tecnologias militares. A delegação também visitou o Parque Tecnológico da Universidade de Linköping, cidade sede da empresa Saab. Ali pesquisa básica e aplicada transforma-se em inovações e empreendedorismo de pequenas empresas, que, por sua vez, se inserem nos projetos do governo e da própria Saab. São Bernardo constitui no momento seu Parque Tecnológico, que tem a Defesa como um de seus eixos estratégicos.
O projeto Gripen, ainda em sua fase de discussão, estabelecia que seriam necessários 2.090 empregos por ano na fase do desenvolvimento; 2.770, na fabricação e 1.000, na montagem. Números que podem ser multiplicados, quando se considera também o impacto indireto. A maioria dos empregos terá elevada capacitação.
Registrem-se ainda outras ações importantes realizadas sob o comando do prefeito, como os workshops organizados pela Prefeitura, juntamente com a Saab, em 2010 e 2011, bem como a inauguração, em São Bernardo, do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (Cisb) em maio de 2011. Importante também foi a constituição, em 2013, do APL (Arranjo Produtivo Local) de Defesa do ABCD, coordenado pela Prefeitura. É único APL de Defesa no País. Conta com a participação de cerca de 50 empresas da Região. Seu objetivo é aumentar a participação do ABCD na Base Industrial de Defesa, por meio da diversificação de linhas de produção existentes, muitas vezes exclusivamente focadas para o segmento automotivo.
*Jefferson José da Conceição é o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.
 
#gripen#regiãodoabc

A ESCOLHA DO GRIPEN E O ABCD

ABCD MAIOR  - SITE – 21/12/2013 - ARTIGO 


O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo fala sobre a relação do Gripen com a Região

A indicação do projeto Gripen, da empresa sueca Saab, como vencedor da concorrência para o fornecimento de aeronaves supersônicas ao Brasil, deve ser motivo de atenção por todo o País, mas em especial pelo ABCD. A Prefeitura de São Bernardo, sob a liderança do prefeito Luiz Marinho, atualmente presidente do Consórcio Intermunicipal, acompanha desde 2009 a evolução destas discussões.

Em março de 2010, o prefeito chefiou delegação em visita à Suécia, da qual fiz parte. O objetivo era iniciar conversações para inserir a Região na fabricação e desenvolvimento do Gripen. O prefeito sempre realçou que a escolha cabia à Presidência da República e às Forças Armadas, mas que esperava contribuir com suas impressões sobre a proposta sueca. E que seu papel era apresentar nossa Região como maior polo industrial da América Latina.

Ficou claro para nós que o Gripen não era um “avião de papel”, como se especulou no Brasil. O prefeito voou no Gripen e conheceu seu processo de produção.

A imprensa divulgou que os custos por ano de vida útil do Gripen eram inferiores aos dos concorrentes. O prefeito enfatizou que isto era importante, mas que a escolha levaria em conta vários fatores, inclusive geopolíticos.
Pela proposta, metade da aeronave seria produzida no Brasil e metade na Suécia. O Brasil produziria até 80% da estrutura mecânica e 40% da engenharia de projetos.

O desenvolvimento de equipamentos da área de defesa gera conhecimentos de utilidade muito além da área militar. Instrumentos da aviação civil, da infraestrutura e até utensílios domésticos derivam de tecnologias militares. A delegação também visitou o Parque Tecnológico da Universidade de Linköping, cidade sede da empresa Saab. Ali pesquisa básica e aplicada transforma-se em inovações e empreendedorismo de pequenas empresas, que, por sua vez, se inserem nos projetos do governo e da própria Saab. São Bernardo constitui no momento seu Parque Tecnológico, que tem a Defesa como um de seus eixos estratégicos.
O projeto Gripen, ainda em sua fase de discussão, estabelecia que seriam necessários 2.090 empregos por ano na fase do desenvolvimento; 2.770, na fabricação e 1.000, na montagem. Números que podem ser multiplicados, quando se considera também o impacto indireto. A maioria dos empregos terá elevada capacitação.

Registrem-se ainda outras ações importantes realizadas sob o comando do prefeito, como os workshops organizados pela Prefeitura, juntamente com a Saab, em 2010 e 2011, bem como a inauguração, em São Bernardo, do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (Cisb) em maio de 2011. Importante também foi a constituição, em 2013, do APL (Arranjo Produtivo Local) de Defesa do ABCD, coordenado pela Prefeitura. É único APL de Defesa no País. Conta com a participação de cerca de 50 empresas da Região. Seu objetivo é aumentar a participação do ABCD na Base Industrial de Defesa, por meio da diversificação de linhas de produção existentes, muitas vezes exclusivamente focadas para o segmento automotivo.

*Jefferson José da Conceição é o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

#gripen#industriadedefesa


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

APOIANDO EMPREGADAS E EMPREGADORAS DOMÉSTICAS

14/11/2013 - ARTIGO publicado no Jornal ABCDMaior

Por: Jefferson José da Conceição


Um passo a mais rumo ao trabalho decente no Brasil
De maneira inédita, a Prefeitura de São Bernardo - por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania –, acaba de inaugurar o Posto Municipal de Apoio aos Empregados e Empregadores Domésticos. A iniciativa conta com as parcerias da Faculdade de Direito de São Bernardo e da Universidade Metodista de São Paulo, bem como da CUT/ABC, da Força Sindical Regional ABC e do Sindicato dos Empregadores de Empregados Domésticos do Estado de São Paulo. O prefeito Luiz Marinho e os deputados federais Benedita da Silva (relatora da PEC 66/2012), e Vicentinho, estiveram presentes na inauguração.

No local serão oferecidos gratuitamente esclarecimentos de dúvidas sobre a nova legislação que rege as relações de trabalho neste segmento. Os serviços serão prestados por estagiários do curso de Direito, supervisionados por professores especialistas em direito do trabalho. O Posto oferecerá aos empregados a possibilidade de tirar carteira de trabalho, além de informações como serviços de saúde da mulher, educação, qualificação profissional, entre outros.

Um passo a mais rumo ao trabalho decente no Brasil, conforme normas da Organização Internacional do Trabalho, a Emenda Constitucional nº 72, aprovada em 2 de abril de 2013, efetiva a igualdade de direitos trabalhistas. A lei garante aos empregados domésticos – entre eles, empregadas, jardineiros, motoristas, babás e cuidadores – direitos como jornada máxima de 44 horas semanais (não superior a 8 horas diárias), pagamento de horas extras e adicional noturno. Direitos como o seguro desemprego e FGTS estão em processo de regulamentação no Congresso Nacional.

Segundo o IBGE, aproximadamente 6,5 milhões de pessoas estão ocupadas em trabalho doméstico no Brasil, das quais 70% (4,6 milhões) não têm carteira de trabalho, 94% são mulheres e 62% se declaram como negras. Em muitas residências, as empregadas são tratadas como parte da família; não raro acompanham o crescimento dos filhos dos empregadores. Mas muitas estavam à margem dos principais direitos garantidos na nossa constituição federal.

De acordo com o Dieese/Seade, havia na Região, em 2012, um total de 67 mil pessoas ocupadas como domésticas, das quais 41 mil como mensalistas e 26 mil como diaristas. O rendimento médio em 2012 foi de R$ 742,00.

Queremos intensificar as parcerias relacionadas a este espaço. Por exemplo, com Sabesp e Eletropaulo, para aumentar a divulgação do posto; Dieese, para aprofundar os estudos em relação a esta categoria. Vamos levar para o Consórcio Intermunicipal a proposta de estender esta experiência para outros municípios de nossa Região.

O Posto Municipal de Apoio aos Empregados e Empregadores Domésticos funcionará de terça a sexta-feira, nos seguintes horários: das 8h às 12h nas terças e quartas-feiras e das 13h às 18h nas quintas e sextas-feiras. rua Marechal Deodoro, 2316. Informações: pelo telefone 4128-1230, ou pelo email trabalhodomestico.sdet@saobernardo.sp.gov.br .

*Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

#empregodomèstico

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Inovação da Região é modelo para o Brasil


2 ABCDMAIOR | 7 e 8 de novembro de 2013

 
Em 31 de outubro, o APL (Arranjo Produtivo Local) de Ferramentaria do ABCD e a Agência de Desenvolvimento Econômico assinaram Protocolo de Intenções, com vistas à criação do Nais (Núcleo Avançado de Inovação Setorial) em Ferramentaria. Concretiza-se assim um ano e meio de discussões realizadas no âmbito do APL.

O Nais será integrado por um Birô de Engenharia, localizado no IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), e por um Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico na UFABC. A coordenação do Nais será feita pela Agência de Desenvolvimento.

O Nais é um centro de inovação e prestação de serviços em modelagem 3D, simulação, projetos, design e prototipagem, para atender as empresas de ferramentaria do ABCD e de outras regiões do Brasil. Pretende aumentar a qualidade, diminuir prazos e custos de simulação e projetos da ferramentaria brasileira, na difícil competição com os moldes e ferramentais importados.  Os serviços poderão ser prestados às empresas de todo o Brasil, mas as empresas da Região que participarem

do APL e aderirem ao protocolo serão beneficiadas com assessoria e preços diferenciados.

O IMT e a UFABC assinarão em dezembro convênio de cooperação com a finalidade de se integrar ao Nais. O convênio é uma ação inovadora entre uma universidade pública e outra privada, para apoio ao setor industrial. Parte das demandas de simulações das empresas será encaminhada à universidade, que prestará serviços tecnológicos. Por sua vez, com base nos desafios surgidos nessa prestação, ocorrerá a pesquisa aplicada. O IMT e a UFABC se apoiarão reciprocamente nas duas atividades, embora a prestação direta de serviços se concentre no IMT e o desenvolvimento de pesquisa aplicada, na UFABC. Parabenizo ambas as instituições - por intermédio dos professores Klaus Capelle, da UFABC, e Fábio Bordin e José Carlos de Souza, do IMT, pela parceria institucional inserida no contexto do desenvolvimento regional.

O Nais é exemplo de cooperação entre governos, APL, empresas, sindicatos de trabalhadores e universidades, em defesa de um segmento que faz parte do “DNA” do ABCD e do Brasil. Por isto, o Nais merece atenção, com vista a ser replicado em outros segmentos.

O APL de Ferramentaria tem alcançado importantes resultados e já é uma referência para os outros dez APLs por nós coordenados. Graças às suas articulações e ao diálogo positivo com o governo federal, conforme orientação da presidente Dilma, o item “Moldes e Ferramentais” foi incluído no rol de segmentos beneficiados pelo novo regime automotivo Inovar-Auto. Com isto, estima-se que a demanda por esses produtos pode até triplicar, exigindo investimentos para atendê-la em volume e qualidade.

Este APL foi estruturado a partir do empenho do prefeito Luiz Marinho; dos sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e de Santo André e Mauá, conduzidos, respectivamente, por Rafael Marques e Cícero Martinha; e de lideranças empresariais do setor como Paulo S. Braga, Carlos Manoel Carvalho, Graça Viana e Maurício Tomazetti.

 

*Jefferson José da Conceição é secretário  de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.
 
#polticaindustrial#industriadeferramentaria

 

 

Inovação da Região é modelo para o Brasil

 ABCDMAIOR | 7 e 8 de novembro de 2013

Jefferson José da Conceição

Em 31 de outubro, o APL (Arranjo Produtivo Local) de Ferramentaria do ABCD e a Agência de Desenvolvimento Econômico assinaram Protocolo de Intenções, com vistas à criação do Nais (Núcleo Avançado de Inovação Setorial) em Ferramentaria. Concretiza-se assim um ano e meio de discussões realizadas no âmbito do APL.

O Nais será integrado por um Birô de Engenharia, localizado no IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), e por um Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico na UFABC. A coordenação do Nais será feita pela Agência de Desenvolvimento.

O Nais é um centro de inovação e prestação de serviços em modelagem 3D, simulação, projetos, design e prototipagem, para atender as empresas de ferramentaria do ABCD e de outras regiões do Brasil. Pretende aumentar a qualidade, diminuir prazos e custos de simulação e projetos da ferramentaria brasileira, na difícil competição com os moldes e ferramentais importados.  Os serviços poderão ser prestados às empresas de todo o Brasil, mas as empresas da Região que participarem
do APL e aderirem ao protocolo serão beneficiadas com assessoria e preços diferenciados.

O IMT e a UFABC assinarão em dezembro convênio de cooperação com a finalidade de se integrar ao Nais. O convênio é uma ação inovadora entre uma universidade pública e outra privada, para apoio ao setor industrial. Parte das demandas de simulações das empresas será encaminhada à universidade, que prestará serviços tecnológicos. Por sua vez, com base nos desafios surgidos nessa prestação, ocorrerá a pesquisa aplicada. O IMT e a UFABC se apoiarão reciprocamente nas duas atividades, embora a prestação direta de serviços se concentre no IMT e o desenvolvimento de pesquisa aplicada, na UFABC. Parabenizo ambas as instituições - por intermédio dos professores Klaus Capelle, da UFABC, e Fábio Bordin e José Carlos de Souza, do IMT, pela parceria institucional inserida no contexto do desenvolvimento regional.

O Nais é exemplo de cooperação entre governos, APL, empresas, sindicatos de trabalhadores e universidades, em defesa de um segmento que faz parte do “DNA” do ABCD e do Brasil. Por isto, o Nais merece atenção, com vista a ser replicado em outros segmentos.

O APL de Ferramentaria tem alcançado importantes resultados e já é uma referência para os outros dez APLs por nós coordenados. Graças às suas articulações e ao diálogo positivo com o governo federal, conforme orientação da presidente Dilma, o item “Moldes e Ferramentais” foi incluído no rol de segmentos beneficiados pelo novo regime automotivo Inovar-Auto. Com isto, estima-se que a demanda por esses produtos pode até triplicar, exigindo investimentos para atendê-la em volume e qualidade.

Este APL foi estruturado a partir do empenho do prefeito Luiz Marinho; dos sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e de Santo André e Mauá, conduzidos, respectivamente, por Rafael Marques e Cícero Martinha; e de lideranças empresariais do setor como Paulo S. Braga, Carlos Manoel Carvalho, Graça Viana e Maurício Tomazetti.

*Jefferson José da Conceição é secretário  de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Apoiando empregadas e empregadoras domésticas


14/11/2013 - ARTIGO
 
Por: Jefferson José da Conceição

 
Um passo a mais rumo ao trabalho decente no Brasil
De maneira inédita, a Prefeitura de São Bernardo - por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania –, acaba de inaugurar o Posto Municipal de Apoio aos Empregados e Empregadores Domésticos. A iniciativa conta com as parcerias da Faculdade de Direito de São Bernardo e da Universidade Metodista de São Paulo, bem como da CUT/ABC, da Força Sindical Regional ABC e do Sindicato dos Empregadores de Empregados Domésticos do Estado de São Paulo. O prefeito Luiz Marinho e os deputados federais Benedita da Silva (relatora da PEC 66/2012), e Vicentinho, estiveram presentes na inauguração.

No local serão oferecidos gratuitamente esclarecimentos de dúvidas sobre a nova legislação que rege as relações de trabalho neste segmento. Os serviços serão prestados por estagiários do curso de Direito, supervisionados por professores especialistas em direito do trabalho. O Posto oferecerá aos empregados a possibilidade de tirar carteira de trabalho, além de informações como serviços de saúde da mulher, educação, qualificação profissional, entre outros.

Um passo a mais rumo ao trabalho decente no Brasil, conforme normas da Organização Internacional do Trabalho, a Emenda Constitucional nº 72, aprovada em 2 de abril de 2013, efetiva a igualdade de direitos trabalhistas. A lei garante aos empregados domésticos – entre eles, empregadas, jardineiros, motoristas, babás e cuidadores – direitos como jornada máxima de 44 horas semanais (não superior a 8 horas diárias), pagamento de horas extras e adicional noturno. Direitos como o seguro desemprego e FGTS estão em processo de regulamentação no Congresso Nacional.

Segundo o IBGE, aproximadamente 6,5 milhões de pessoas estão ocupadas em trabalho doméstico no Brasil, das quais 70% (4,6 milhões) não têm carteira de trabalho, 94% são mulheres e 62% se declaram como negras. Em muitas residências, as empregadas são tratadas como parte da família; não raro acompanham o crescimento dos filhos dos empregadores. Mas muitas estavam à margem dos principais direitos garantidos na nossa constituição federal.

De acordo com o Dieese/Seade, havia na Região, em 2012, um total de 67 mil pessoas ocupadas como domésticas, das quais 41 mil como mensalistas e 26 mil como diaristas. O rendimento médio em 2012 foi de R$ 742,00.

Queremos intensificar as parcerias relacionadas a este espaço. Por exemplo, com Sabesp e Eletropaulo, para aumentar a divulgação do posto; Dieese, para aprofundar os estudos em relação a esta categoria. Vamos levar para o Consórcio Intermunicipal a proposta de estender esta experiência para outros municípios de nossa Região.

O Posto Municipal de Apoio aos Empregados e Empregadores Domésticos funcionará de terça a sexta-feira, nos seguintes horários: das 8h às 12h nas terças e quartas-feiras e das 13h às 18h nas quintas e sextas-feiras. rua Marechal Deodoro, 2316. Informações: pelo telefone 4128-1230, ou pelo email trabalhodomestico.sdet@saobernardo.sp.gov.br .

*Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.
#empregodomestico

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Hora de discutir a segurança veicular no Brasil


2 ABCDMAIOR | 8 e 9 de outubro de 2013

 Jefferson José da Conceição

Estudos do Denatran, Ipea e ANTP apontam que o custo anual dos acidentes em rodovias brasileiras é da ordem de R$ 24,6 bilhões, e dos acidentes de trânsito em áreas urbanas, de R$ 5,3 bilhões, o que totaliza R$ 30 bilhões por ano.

 
A Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, e da Secretaria de Relações Internacionais, em parceria com o IMT ( Instituto Mauá de Tecnologia) e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, e apoio do

Consórcio Intermunicipal , da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e do Cisb (Centro de Inovação Sueco-Brasileiro), realiza, no próximo dia 18 de outubro, no Teatro Cacilda Becker, no Paço Municipal, das 9h às 13h, seminário que terá como tema os avanços em segurança veicular no Brasil e na Suécia. O evento contará com a presença do prefeito Luiz Marinho, de autoridades do Governo Brasileiro, da Embaixada Sueca e de especialistas da cadeia automotiva nacional (Anfavea, Sindipeças, SAE, IQA) e sueca. É sabido que algumas das empresas e veículos suecos encontram-se na fronteira do conhecimento quando o assunto é segurança dos veículos.

 

A realização deste debate nacional, a partir do ABCD, faz todo o sentido. A Região é o maior polo de produção automotiva no País, representando 25% da produção total de

veículos automotores; 55% da produção de caminhões; 40% dos postos de trabalho diretos na indústria montadora; 35% do total de exportações de veículos do país. O ABCD tem forte densidade institucional no setor automotivo, com a presença de organizações nacionalmente reconhecidas, como o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e os APLs (Arranjos Produtivos Locais) nos setores estratégicos de Ferramentaria, Autopeças e Defesa.

 

O Seminário (ver detalhes em https:// eventioz.com.br/e/seminario--de-seguranca-veicular-brasil-suecia ou fone 4348-1051) faz parte de uma série de ações do município, em conjunto com o IMT, para a instalação de um laboratório de mobilidade

e segurança veicular em São Bernardo.Em 15 de agosto, o prefeito e membros da Direção do IMT assinaram protocolo de intenções que prevê a implantação deste laboratório na futura área do Parque Tecnológico do município. O projeto, que está inserido nas diretrizes do “Programa Inovar-Auto” do governo federal, visa a incentivar a pesquisa e o desenvolvimento. Além de contribuir para reduzir os impactos dos acidentes, o laboratório permitirá que as montadoras possam realizar seus testes de verificação e desenvolvimento no Brasil, em vez de enviar os veículos para o exterior, o que reduzirá custos.

 

Registre-se que, nos últimos anos, Brasil e Suécia estão buscando intensificar suas parcerias em áreas relacionadas à inovação tecnológica. Entre as iniciativas de cooperação bilateral de maior destaque está a inauguração, em 2011, na cidade de São Bernardo, do Cisb, para promoção de projetos de cooperação tecnológica entre empresas e universidades dos dois países.

 

 Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Empresários, participem do “turismo industrial”!


 Jefferson José da Conceição 

Este artigo é um convite para que as empresas industriais participem do programa de  turismo Industrial. Organizado pela Prefeitura de São Bernardo. O programa deu seu primeiro passo no dia 26, com a visita de um grupo de convidados à Wheaton, que produz embalagens de vidro. Estão programadas visitações à Karman-Guia e Rolls Royce. Estamos em diálogo também com outras empresas, entre elas uma montadora de veículos.

O ABCD é identificado, no Brasil, como a região da indústria, do trabalho e do sindicalismo. Somos o maior parque industrial da América Latina. São Bernardo, coração deste parque, abrange hoje 1600 estabelecimentos industriais e mais de 100 mil empregos industriais. Esta identidade começou com as fábricas têxteis, de móveis  e de porcelanas do início do século 20. Passou também pelos investimentos nas montadoras de veículos, autopeças, máquinas, eletroeletrônicas, químicas, cosméticos e alimentação.

Esta marca não pode ser desperdiçada pela cadeia do turismo e nem pelas indústrias. Há muito interesse das pessoas em conhecer uma linha de montagem e a história dos

empreendedores e dos sindicatos. Temos sítios históricos, monumentos, gastronomia e hábitos ligados à industrialização. Além de visitar uma fábrica, o turista terá interesse em conhecer as sedes dos nossos principais sindicatos, o estádio 1º de Maio, a Igreja Matriz. E, daqui a pouco, buscará também visitar o Museu do Trabalho e do Trabalhador, cujas obras estão em andamento – uma firme determinação do prefeito Luiz Marinho.

O turista, atraído pelo turismo industrial, será convidado também a conhecer a relação de nossa região com o Brasil-Colonial e com a imigração de estrangeiros para o trabalho nas lavouras de café. Poderemos organizar visitas ao Pavilhão Vera Cruz (relacionado com a história do cinema e de industriais como Ciccilo Matarazzo), bem como a outras atrações como a Cidade da Criança; o Parque da Juventude; a Chácara Silvestre; a Rota  do Frango com Polenta; a Rua Jurubatuba (Rua dos Móveis). Isto, sem deixar de olhar para a Mata Atlântica e a represa Billings, com seus atrativos como Parque Estoril e a Prainha, em processo de obras para a sua revitalização.

Sob o ponto de vista da empresa, participar do turismo industrial pode ser bem interessante, pois isto ajudará a divulgar sua marca, intensificar seu diálogo com a comunidade e promover a responsabilidade social.

Para a formatação do Turismo industrial, todas as diretrizes da visitação serão prerrogativas da empresa, considerando nossa preocupação com a confidencialidade e a concorrência. Por isto, a empresa interessada  estruturará com nossa Secretaria as regras de sua participação. Se você, empresário, tiver interesse em fazer com que a sua indústria participe do Programa de Turismo industrial, procure-nos. Fale com Fernando, pelo fone 4348-1000, r.2222, ou pelo email turismo.sdet@saobernardo.sp.gov.br

 

*Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo; Fernando Bonísio é coordenador do APL de Turismo de São Bernardo.
 
#turismoindustrial#turismodefabrica

terça-feira, 24 de setembro de 2013

CGI, a radiografia do setor industrial de São Bernardo


ABCDMAIOR Nº 631 -  24 e 25 de setembro de 2013

Jefferson José da Conceição

O setor industrial constitui-se na força motriz da economia do ABCD. Somos o maior parque industrial da América Latina. Somente o valor Adicionado da Indústria de São Bernardo foi de R$ 13 bilhões em 2010 (IBGE). O município, que representa 44,5% do total do valor adicionado da Região, possui cerca de 1.600 estabelecimentos industriais, que empregam 105 mil pessoas (RAIS, 2011). Portanto, ter “radiografias”

atualizadas da indústria local é tarefa do poder público e das instituições representativas da indústria. Sem isto, não há como se fazer políticas públicas e privadas eficazes.

Por isto, a Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, contratou o INPES da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) para a elaboração do CGI (Cadastro Geral da Indústria) do município. O diagnóstico conta com o apoio do Ciesp-São Bernardo e dos sindicatos de trabalhadores, como o dos Metalúrgicos e o dos Químicos do ABC.

Os resultados serão disponibilizados ao público no início de 2014, na forma impressa e eletrônica. Assim, será possível conhecer o que produz cada uma das indústrias;

que insumos utiliza; onde compra; onde vende (logo, será possível mapear a “abecedização” do fornecimento das cadeias produtivas locais); se exporta ou não; número e composição de empregados; principais resíduos do processo industrial;

relação com as universidades, entre outras informações. O objetivo        do CGI é ser instrumento de apoio ao fomento da indústria. Basta notar o quanto de informações úteis ele poderá gerar para a montagem de rodadas de negócios, assim como para os atuais APLs (Arranjos Produtivos Locais), coordenados pela Secretaria: ferramentaria, autopeças, químico, defesa, móveis, gráfico, panificação – apenas para citar os APLs industriais. O CGI não tem objetivo de fiscalização.

Metodologicamente, o CGI se constitui em levantamento de campo a ser realizado em todos os estabelecimentos industriais do município. Os 35 pesquisadores visitarão

in loco mais de 700 quarteirões da cidade. O questionário, aplicado pelos pesquisadores (devidamente identificados com crachás, carta de apresentação), será respondido por gerentes e diretores da empresa.

No Consórcio Intermunicipal e na Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, vamos sugerir a extensão da pesquisa para toda a região, que já teve iniciativas semelhantes como a PAEP-ABC (anos 1990) e um Cadastro Industrial elaborado por empresa privada em 2001. Uma pena que o Estado de São Paulo, o maior estado industrial do Brasil, não dispõe de um levantamento atualizado dessa natureza.

Outra pesquisa importante estará em breve complementando os indicadores que serão disponibilizados pelo CGI: o inventário de oferta tecnológica do ABCD, atualmente em fase de discussão na Agência e no Consórcio.

 

Jefferson José da Conceição* *Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

terça-feira, 16 de julho de 2013

ABCD recebe as Demandas do Exercito


2 ABCDMAIOR | 16 e 17 de julho de 2013

Jefferson José da Conceição

Em 24 de julho, na Universidade Metodista a Região receberá o Comando Logístico do Exército. O general Marco A. Farias e outros generais, a convite do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, da Agência de Desenvolvimento Econômico e do Consórcio Intermunicipal, irão expor os projetos dessa força para os próximos anos e as demandas de produtos e serviços deles resultantes. Haverá rodada de relacionamento entre oficiais militares e empresários, com agendamento prévio.

O evento dá continuidade à nossa política para ampliar a participação do setor produtivo do ABCD na rede de suprimento das Forças Armadas, e reproduz o modelo adotado no seminário realizado pelo comando da Marinha em 6 de dezembro de 2012. Na ocasião, mais de 450 empresários compareceram ao evento.

A Região tem grande potencial para se integrar ao esforço nacional pelo reaparelhamento das Forças Armadas. Nossa vocação metal mecânica, expertise empresarial, força de trabalho qualificada e universidades de excelência  são um acervo precioso. Esse acervo nos permite diversificar nosso parque produtivo,sem abrir mão das especialidades já consolidadas, centradas nas áreas automotiva, química e petroquímica. Dessa forma, fortalecemos nossa estrutura econômica  regional e nos habilitamos a tirar proveito dos novos eixos do crescimento econômico brasileiro, como é o caso da indústria de defesa. O Brasil precisa reduzir seu déficit comercial em equipamentos militares como aeronaves, veículos blindados, artilharia, motores, sensores e navios.

A construção de uma base nacional de defesa é um dos eixos estruturantes da  estratégia nacional de defesa. A intenção é fortalecer nossa produção interna de bens e serviços para as Forças Armadas.  Por isto, o governo federal estruturou linhas de financiamento e programas de desoneração fiscal como o Regime Especial Tributário

da Indústria de Defesa. Além da forte demanda do estado brasileiro, as vantagens desse setor incluem a criação de empregos altamente qualificados e a característica dual de muitos produtos de defesa, o que permite fornecer também para as possíveis aplicações civis desses produtos (como foram os casos dos computadores e do GPS).

O ABCD tem hoje um APL (Arranjo Produtivo Local) de Defesa, com a participação de empresas, sindicatos, universidades, instituições financeiras, Sebrae, Senai e outras entidades. Este arranjo, que é coordenado por nós, representa esforço regional para articular os segmentos interessados no adensamento da cadeia produtiva de Defesa na região. Estão em curso diversas iniciativas, como o detalhamento dos componentes de uma embarcação pela Marinha para identificação de potenciais fornecedores locais e o apoio à Catalogação e Homologação de empresas e produtos da região para fornecer às Forças Armadas.

 
* Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de

São Bernardo, coordenador do GT de Desenvolvimento Econômico do Consórcio Intermunicipal e do APL de Defesa do ABCD.

O ABCD recebe o Exército e suas demandas de produtos


 ABCDMAIOR | 16 e 17 de julho de 2013

Jefferson José da Conceição

Em 24 de julho, na Universidade Metodista a Região receberá o Comando Logístico do Exército. O general Marco A. Farias e outros generais, a convite do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, da Agência de Desenvolvimento Econômico e do Consórcio Intermunicipal, irão expor os projetos dessa força para os próximos anos e as demandas de produtos e serviços deles resultantes.Haverá rodada de relacionamento entre oficiais militares e empresários, com agendamento prévio.

O evento dá continuidade à nossa política para ampliar a participação do setor produtivo do ABCD na rede de suprimento das Forças Armadas, e reproduz o modelo adotado no seminário realizado pelo comando da Marinha em 6 de dezembro de 2012. Na ocasião, mais de 450 empresários compareceram ao evento.

A Região tem grande potencial para se integrar ao esforço nacional pelo reaparelhamento das Forças Armadas. Nossa vocação metal mecânica, expertise empresarial, força de trabalho qualificada e universidades de excelência  são um acervo precioso. Esse acervo nos permite diversificar nosso parque produtivo,

sem abrir mão das especialidades já consolidadas, centradas nas áreas automotiva, química e petroquímica. Dessa forma, fortalecemos nossa estrutura econômica  regional e nos habilitamos a tirar proveito dos novos eixos do crescimento econômico

brasileiro, como é o caso da indústria de defesa. O Brasil precisa reduzir seu déficit comercial em equipamentos militares como aeronaves, veículos blindados, artilharia,

motores, sensores e navios.

A construção de uma base nacional de defesa é um dos eixos estruturantes da  estratégia nacional de defesa. A intenção é fortalecer nossa produção interna de bens e serviços para as Forças Armadas.  Por isto, o governo federal estruturou linhas de financiamento e programas de desoneração fiscal como o Regime Especial Tributário

da Indústria de Defesa. Além da forte demanda do estado brasileiro, as vantagens desse setor incluem a criação de empregos altamente qualificados e a característica dual de muitos produtos de defesa, o que permite fornecer também para as possíveis aplicações civis desses produtos (como foram os casos dos computadores e do GPS).

O ABCD tem hoje um APL (Arranjo Produtivo Local) de Defesa, com a participação de empresas, sindicatos, universidades, instituições financeiras, Sebrae, Senai e outras entidades. Este arranjo, que é coordenado por nós, representa esforço regional para articular os segmentos interessados no adensamento da cadeia produtiva de Defesa na região. Estão em curso diversas iniciativas, como o detalhamento dos componentes de uma embarcação pela Marinha para identificação de potenciais fornecedores locais e o apoio à Catalogação e Homologação de empresas e produtos da região para fornecer às Forças Armadas.

 

* Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de

São Bernardo, coordenador do GT de Desenvolvimento Econômico do Consórcio Intermunicipal e do APL de Defesa do ABCD.
 
#industriadedefesa#baseindustrialdedefesa

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Video "A Indústria de Defesa e a Região do ABC", elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de SBCampo, em 3/6/2013


Video "A Indústria de Defesa e a Região do ABC", elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de SBCampo, em 3/6/2013

Secretário Municipal da Pasta no período: Jefferson José da Conceição

Para acessar o vídeo, clique no link  abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=dmXLB-TcnpQ

Video "A Indústria de Defesa e a Região do ABC", elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de SBCampo, em 3/6/2013


Video "A Indústria de Defesa e a Região do ABC", elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de SBCampo, em 3/6/2013

Secretário Municipal da Pasta no período: Jefferson José da Conceição

Para acessar o vídeo, clique no link  abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=dmXLB-TcnpQ

A Indústria de Defesa e a Região do ABC

Video "A Indústria de Defesa e a Região do ABC", elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo e publicado em 3/6/2013.

Secretário Municipal da Pasta no período: Jefferson José da Conceição

Para acessar o vídeo, clique no link abaixo


https://www.youtube.com/watch?v=dmXLB-TcnpQ

sábado, 1 de junho de 2013

A guerra não acabou



Jornal ABCDMAIOR | 1 a 3 de junho de 2013 – Edição nº 582

Jefferson José da Conceição
 

No início deste ano, o governo da presidenta Dilma enviou ao Congresso projeto que visava a acabar ou a reduzir a guerra fiscal. O projeto tinha uma estrutura  coerente e representava um equilíbrio possível entre os distintos interesses dos Estados. Mas as mudanças feitas no Senado descaracterizaram o projeto. Diante disso, tudo leva a crer que o governo não deverá aprovar o texto do Senado. A guerra fiscal deverá continuar, com prejuízos para a nação.

 

O Projeto de Resolução n. 1 de 2013, do governo federal, estabelecia a redução e a unificação gradual das alíquotas do ICMS interestadual até o ano de 2025 (dos atuais 12% e 7%, para 4% - exceto a Zona Franca de Manaus, que permaneceria com 12%). O projeto diminuía o espaço de utilização do ICMS para atrair empresas. Ele se completava ainda com outras três medidas do governo: a que fixaria auxílios financeiros aos Estados e Municípios que tivessem perdas com a medida; a que constituiria o Fundo de Desenvolvimento Regional-FDR (R$ 222 bilhões até 2033); e a que repassaria R$ 74 bilhões a projetos de investimentos dos Estados. No total, seriam R$ 296 bilhões de recursos destinados ao desenvolvimento regional. Os auxílios financeiros e os repasses do FDR estariam vedados a Estados que continuassem a dar incentivos fiscais à revelia do Conselho Nacional Fazendário - Confaz.

 

Ao invés de unificar, o texto final do Senado ampliou as alíquotas tributárias entre as regiões. Fixa uma redução anual gradativa da alíquota do ICMS (Imposto sobre  circulação de Mercadorias e Serviços) interestadual, até alcançar 7% para os produtos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste enviados ao Sudeste e Sul; e 4% para os produtos do Sudeste e Sul enviados para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No caso dos produtos da Zona Franca de Manaus, enviadas para o restante do País, a alíquota é de 12%. A mesma alíquota vale para outras oito áreas especiais de comércio da Região Norte e Nordeste.

 

Alguns apressados poderiam alegar que a guerra fiscal gera investimentos nas regiões atrasadas. Mas é importante atentar que a guerra fiscal não permite a fixação de metas de empregos, adensamento da cadeia produtiva e desenvolvimento tecnológico. Portanto, ela costuma gerar valor adicionado bem menos do que o que costuma propagar. Por outro lado, seguramente ela destrói as regiões industriais tradicionais, como é o caso do ABCD. Além do visível deslocamento dos investimentos, em virtude de fatores alheios à competitividade real, a guerra viabiliza também - e nisto é preciso atenção - elevados volumes de componentes, itens e serviços importados. Nas últimas duas décadas, justamente o período da guerra fiscal, a participação das importações industriais no total do PIB (Produto Interno Bruto) industrial passou de um patamar irrisório para quase 21% em 2011.

 

A guerra fiscal desestrutura cadeias produtivas inteiras, com impactos negativos no  emprego e na perda de know how tecnológico. Este movimento negativo pode ser visto em vários setores,  como eletroeletrônica, máquinas e equipamentos, farmacêuticos, calçados, automotivo, móveis, entre outros.

 

Por tudo isto, é preciso que um dia o País consiga definitivamente pôr fim a esta guerra.

 

*Jefferson José da Conceiçao é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.