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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Sede do Sebrae conquista do ABCD


30 de dezembro de 2014

Opinião


Em 2014, um momento histórico para o empreendedorismo do ABCD foi o envio pelo prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal, Luiz Marinho, de projeto de lei de doação de terreno do Município para que o Sebrae possa instalar sua sede regional própria, à altura da grandeza de nossa Região.  Após o necessário e sempre importante debate na Câmara de São Bernardo, o projeto aprovado no início de dezembro. A doação teve como ponto de partida ofício recebido pelo prefeito, em maio deste ano, no qual o Sebrae-SP propõe a parceria e solicita terreno para a regional.

A decisão do prefeito levou a rápida articulação de diversas secretarias – articulação esta na qual a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo do Município também tomou parte -, com vistas a viabilizar com celeridade e nos marcos da lei a parceria. O diálogo com o Sebrae em seus níveis nacional, estadual e regional norteou a ação.

O Sebrae é uma entidade civil sem fins econômicos. Promove o desenvolvimento e a sustentabilidade dos pequenos empreendimentos, bem como sua formalização. Contribui para gerar atividade econômica e colabora para reduzir a desigualdade e aumentar o número de empregos no Brasil. No Estado, o Sebrae conta hoje com 33 escritórios regionais. Desde 1994, a entidade tem escritório no ABCD, mas hoje se encontra em sede alugada.

O local escolhido é estratégico, pois se situa próximo da estação do futuro metrô; está em avenida que interliga São Bernardo e Santo André; e é de fácil acesso para aqueles que vêm de Diadema, Mauá, São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Todos os municípios são polos importantes de micro e pequenas empresas. Para se ter uma ideia, a Região conta hoje com aproximadamente 52 mil microempreendedores individuais formalizados. Somente nos anos de 2012 e 2013, o Sebrae ABCD realizou cerca de 79 mil atendimentos na região.

Vale notar o “anel de conhecimento e formação” que se estrutura no entorno em que a sede do Sebrae será instalada. Além do Sebrae, a área conta com unidades do Senai, Senac, Fatec e Etec, e é próxima a instituições públicas como UFABC e Faculdade de Direito. Em 2010, o prefeito Marinho já havia concedido terreno em São Bernardo para a construção da segunda unidade do Senac no ABCD. As obras desta unidade estão em sua fase final.

Registre-se ainda que as gestões  públicas municipais do ABCD – São Bernardo, inclusive – têm contribuído com diversas ações complementares visando o apoio ao empreendedorismo  dos pequenos negócios: aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas empresas; constituição de Salas do Empreendedor; desburocratização;  formação de “agentes de desenvolvimento”; parcerias com o Sebrae para realização de cursos. Estas são algumas das ações fundamentais com vistas a preparar as micro e pequenas empresas para que elas obtenham condições necessárias ao seu crescimento em uma economia competitiva.

 *Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo; Ademir Gasparetto é diretor de Fomento à Atividade, Comércio

Grande potencial e desafios a vencer: o adensamento da cadeia de petróleo e gás no ABC

CONCEIÇÃO, Jefferson José da. Grande potencial e desafios a vencer: o adensamento da cadeia de petróleo e gás no ABC. In: ANAU, Roberto Vital (or.). O ABC do petróleo e gás: o potencial do Grande ABC no fornecimento de produtos e serviços à cadeia de petróleo e gás. Santo André: Agencia de Desenvolvimento Econômico do Grande ABBC, 2014. ISBN: 978-85-68284-00-1

Para acessar a íntegra do livro, clique em:


http://www.4shared.com/office/8MD3LnS_ce/livro_ABC_do_petroleo.html

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Turismo industrial no ABCD


16 e 17 de dezembro de 2014

 

opinião


Em 25 de novembro ocorreu o “1º Workshop sobre Turismo Industrial do ABCD”, organizado pelo Consórcio Intermunicipal em conjunto com a Agência de Desenvolvimento Econômico. Foi

o primeiro passo para estender regionalmente o projeto lançado, com sucesso, em 2013, pela Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. O turismo industrial “abre as portas” das empresas para visitas monitoradas às suas

formas de produção e tecnologias. A intenção agora é ampliar o número de empresas e segmentos visitados, abrangendo também as dos seis outros municípios.

 

São Bernardo já conta com cinco indústrias parceiras nesta modalidade de turismo: Wheaton (Vidros), Zurich (termoplásticos), Formag’s (gráfica), Mercedes--Benz e Scania. Estão também adiantadas as negociações com Volkswagen, Basf (Tintas Suvinil) e Termomecânica. A proposta apresentada pela Prefeitura para participação das empresas é muito flexível e respeita todos os processos de confidencialidade e de interesse das empresas: perfil dos visitantes; dias e horários de visitação; registro ou não de imagens; áreas passíveis de visitação, entre outros.

 

No Brasil e no mundo, o ABCD é sinônimo de indústria, trabalho e sindicalismo. Esta identidade originou-se, no início do século 20, com as fábricas têxteis, de móveis e de porcelanas; aprofundou-se, ainda em meados do século passado, com a presença das grandes fábricas montadoras de veículos, autopeças, máquinas,  eletroeletrônicas, químicas,de cosméticos e alimentação; e, neste século 21, estará associada também com a alta tecnologia

resultante da instalação de uma fábrica de partes da aeronave supersônica Gripen. Industriais como Ciccillo Matarazzo, Luiz  Villares, Salvador Arena, José Mindlin e Abraham Kasinski, bem

como sindicalistas como Luiz Inácio Lula da Silva, são alguns dos nomes que fazem parte desta rica história. O prefeito Luiz Marinho transforma em realidade  um antigo sonho da Região: está em andamento, neste momento, em São Bernardo, a obra do Museu do Trabalho e do Trabalhador, que será importante âncora do turismo regional.

 

A marca industrial não pode ser desperdiçada pela cadeia do turismo, pelos municípios e governo do Estado, e nem pelas próprias indústrias. Há muito interesse em se conhecer uma linha de montagem industrial. Sob o ponto de vista da empresa, participar do turismo industrial

pode ser bem proveitoso, pois se trata de ação de fortalecimento e divulgação de sua marca,

bem como de diálogo dinâmico com estudantes, pesquisadores, consumidores e outros empresários. Para turistas e visitantes, é oportunidade ímpar de conhecer processos de produção.

 

Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo (SDET). Fernando Bonisio  é Chefe da Divisão de Turismo da SDET e Coordenador Adjunto do GT Turismo do Consórcio Intermunicipal.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O ABC do petróleo e do gás


11 de dezembro de 2014

Opinião


O título deste artigo dá nome ao livro que acaba de ser lançado na Região. Fruto da parceria entre Agência de Desenvolvimento Econômico, Consórcio Intermunicipal e Prefeitura de São Bernardo, a publicação, bilíngue (português e inglês), de 278 páginas, aprofunda, por meio de textos de 29 autores, o debate sobre as potencialidades do ABCD no fornecimento de produtos e serviços à cadeia de petróleo e gás.

Maior cluster industrial da América Latina, a Região já está inserida na referida cadeia, por meio do Polo Petroquímico da Braskem, da Refinaria de Capuava e de várias indústrias químicas. Pela RAIS, o total de empregados dessas empresas no ABCD, em 2012, era de 34,6 mil pessoas, em 841 estabelecimentos. O valor adicionado gerado era, em 2010, de R$ 72,9 bilhões ou 8% do valor adicionado no Estado de São Paulo. Acrescentem-se ainda as muitas empresas do complexo metal mecânico e de outros setores que também fornecem para a cadeia produtiva, bem como as universidades e centros técnicos instalados na Região que possuem pesquisas e formação relacionadas aos temas da energia e do petróleo e gás.

Temos todas as condições para ter como meta a ampliação da participação da Região na cadeia de fornecimento da Petrobras e das grandes empresas que atuam no pré-sal. Isto, sem abandonar  as vocações atuais da Região. A estratégia, tal como no caso da  indústria de defesa, consiste em diversificar o parque produtivo já instalado para atender às novas demandas da cadeia de petróleo e gás.

O livro chega em boa hora. Apesar dos grandes investimentos do pré-sal - e uma parte deles ocorre na Baixada Santista, bem ao nosso lado -, são grandes os desafios para atingir nosso objetivo.  O poder público está fazendo sua parte. Workshops, seminários e rodadas de relacionamento foram realizados pelas Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Consórcio e Agência. Em junho de 2012, constituímos, na Prefeitura  de São Bernardo, o PAC (Posto Avançado de Cadastramento da Petrobras), para apoio técnico  gratuito às empresas que desejassem inserir-se no cadastro de fornecedores da Petrobras. Em que pesem estes avanços, não conseguimos ainda pleno sucesso na empreitada.

A crise vivida pela Petrobras  passará e o Brasil retomará com força os investimentos no pré-sal. O ABCD precisa intensificar ainda mais sua preparação e articulação. Além disso, é importante que as instituições locais se insiram na luta efetiva pelo cumprimento, por parte do governo federal, de metas claras de nacionalização no fornecimento à Petrobras e demais empresas atuantes no pré-sal.

Dada a importância do livro, recomendo que os municípios ampliem o número de exemplares impressos, bem como façam ampla divulgação da publicação. O livro poderá também ser obtido em breve, em versão eletrônica, nos sites das instituições parceiras responsáveis pela publicação.

*Jefferson Conceição é Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A “Indústria 4.0”

2 e 3 de dezembro de 2014

 

opinião

 
 

A quebra de paradigmas na forma de produzir da indústria ocorre em ciclos, cuja periodicidade  tem se reduzido nas últimas décadas.

 

A primeira revolução industrial, ocorrida em meados do século 18, consistiu na introdução de  sistemas mecânicos à manufatura. Sua síntese foram as máquinas a vapor aplicadas às inovações de equipamentos da indústria têxtil, incrementando a produtividade.

 

A segunda revolução, no início do século 20, residiu na introdução da produção em massa, possibilitada pelas linhas de montagem e pela extrema divisão do trabalho. As fábricas automobilísticas simbolizaram este modelo. A terceira revolução, a partir dos anos 1970, repousou na introdução das tecnologias eletrônicas e de informação no chão de fábrica. Eram sistemas computadorizados, que permitiam maior automatização da produção.

 

Agora, há sinais de que a quarta revolução (intitulada a “Indústria 4.0”) está sendo estruturada com base em um aprofundamento no uso das tecnologias de informação, que permitirá a comunicação entre as máquinas; entre as máquinas e os produtos; e entre as máquinas e os serviços, como é o caso da manutenção das próprias máquinas. Esta revolução intensifica a automatização dos processos. São as fábricas inteligentes do futuro.

 

Uma das empresas que busca desenvolver os conceitos da indústria 4.0 é a BMW, em sua fábrica veículos em Leipzig, Alemanha, na linha de montagem do i3, o primeiro modelo elétrico da empresa. A indústria automobilística em geral já é bastante automatizada, mas a automatização do processo neste caso é potencializada pela capacidade dos computadores, grande quantidade de informações digitalizadas e integração de sistemas. Outras empresas, como a Siemens, também têm se destacado.

 

Temos que nos preocupar com o emprego, especialmente com aquelas funções que realizam atividades mais repetitivas. Será preciso continuar a busca de acordos de informação prévia, requalificação e reaproveitamento de pessoal. Mas há também oportunidades. No Brasil, uma delas reside em que a Indústria 4.0 abre a oportunidade de se acelerar projetos como o Modermaq (ou Moderfábrica), para incentivar a produção e a venda de máquinas e equipamentos novos nacionais, em um programa de renovação e reciclagem do parque fabril.

 

Este parque é composto por máquinas e equipamentos cuja idade média é de 17 anos (contra sete nos EUA e cinco, na Alemanha). Este perfil também é uma das causas pelas quais muitas empresas brasileiras, especialmente as médias e pequenas, estão associadas à tecnologias menos atualizadas. Pelo programa, que visa renovar 1/3 do parque fabril, haveria um forte incentivo à desoneração dos investimentos em máquinas e equipamentos, geração de crédito tributário e financiamento competitivo.

 

Outra oportunidade trazida pela  Indústria 4.0 é a necessidade de maior comunicação entre indústria, sindicatos e universidades/escolas técnicas. Estes atores, juntamente com o governo, necessitam trabalhar mais projetos conjuntos, no chamado modelo “tríplice hélice”.

 

 

*Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

domingo, 30 de novembro de 2014

Revista do APL de Móveis do Grande ABC


Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo no período: Jefferson José da Conceição

Para  acessar a Revista, clique no link abaixo:

Revista do APL de Defesa

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Novo processo de substituição de importação


  27 de novembro de 2014

opinião


Uma parte dos problemas da economia brasileira hoje reside em seu comércio exterior. Entre 2002   2011, os números foram bastante favoráveis à produção e ao emprego. As exportações foram elevadas e saltaram de US$ 60,4 bilhões para US$ 256 bilhões. As importações também aumentaram: de US$ 47,2 bilhões para US$ 226 bilhões. Mas os saldos da balança (exportações menos importações) foram crescentes, passando de US$ 13,2 bilhões para US$ 29,8 bilhões. Vendemos e compramos muito do exterior; vendemos mais do que compramos. Os “anos dourados”

foram de 2004 a 2007, quando atingimos grandes superávits, que oscilaram entre US$ 34 bilhões e US$ 46,5 bilhões. Entretanto, entre 2012 e 2014, os números foram ruins: as exportações caíram de US$ 256 bilhões (2011) para cerca de US$ 230 bilhões em 2014 (estimativa). As importações  aumentaram de US$ 226 bilhões para US$ 232 bilhões em 2014 (estimativa).  Em 2013, tivemos apenas um pequeno superávit na balança, de US$ 2,6 bilhões. Em 2014, é provável que tenhamos déficit ou que repitamos o saldo ínfimo. Isto se deveu à desaceleração do comércio internacional e à

valorização do real frente ao dólar.

 

Defendo um novo PSI (Processo de Substituição de Importações) no Brasil. “Novo” porque a industrialização brasileira, entre 1930 e 1980, foi fortemente marcada pelo PSI. O país fez a política “do limão à limonada” com as crises na balança comercial: a cada crise, uma nova etapa do PSI impelia a troca de bens importados pela produção doméstica. Primeiro (1930-1950), a substituição de importações de bens de consumo não duráveis (alimentos, calçados, vestuário, etc) e de parte

da produção de insumos básicos (matérias primas); depois, a de bens de consumo de consumo duráveis (1955- 1974); por último (a partir de 1975), a substituição definitiva dos insumos básicos e de parte de bens de capital (não seriados). Mesmo com todos os problemas (qualidade, custo, competitividade), tratou-se de uma política exitosa. Passamos a ter uma estrutura industrial, onde antes tínhamos apenas um conjunto de grandes fazendas de café.

 

Novo também, porque, diferentemente do anterior, o PSI agora deve ser acompanhado de um forte arranque nas exportações. Para isto, é necessário um elevado volume de importações. A corrente de comércio (exportações mais importações) deve ser alta. Os saldos comerciais devem ser

crescentes e se transformar em metas de governo. É essencial uma política de comércio exterior que, além de desvalorizar o câmbio, possibilite um sinal claro de que queremos incrementar nossas exportações. A substituição de importações deve ser igualmente meta de governo, especialmente naqueles itens de maior valor agregado: produtos químicos, eletroeletrônicos e peças e componentes. É fundamental que os programas de governo ligados a investimentos em petróleo e gás, defesa e saúde recoloquem com ênfase temas como índices de nacionalização crescentes.

Esta obrigatoriedade deve estar complementada por ações que incentivem os empresários a buscarem a nacionalização: financiamento; desonerações tributárias; incorporação de tecnologias

mais avançadas; qualificação profissional; garantia de encomendas governamentais, entre outras.

 

O PSI nas áreas de alta densidade tecnológica não é tarefa simples. É tarefa para décadas. Mas é preciso começar. Ou melhor: dar continuidade às políticas já executadas no Brasil no século 20, com um formato moderno adequado ao século 21.

 

*Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Aprofundar o atual modelo econômico


 18 e 19 de novembro de 2014

 
 

Um modelo ou plano econômico consiste em uma estratégia governamental para induzir o  crescimento em determinado ritmo e direção. Entre 1930 e 1980, nossa trajetória foi marcada por modelos que visavam “pular etapas” e inserir o Brasil na trilha do desenvolvimento. A Era

Vargas (1930-1945), o Plano de Metas (1955-1960), o Plano de Ação Econômica  Governamental – PAEG (1964-1968) e o II Plano Nacional de Desenvolvimento – PND (1974-1979) foram alguns dos planos relativamente bem-sucedidos na estratégia de industrialização a qualquer custo. A melhoria da distribuição de renda e a inclusão social não fizeram parte daqueles planos. O Brasil cresceu a taxa de 7% ao ano em média e montou uma estrutura industrial. O que não foi pouco. Mas não conseguiu realizar suas políticas de welfare state  (bem estar social). Nas décadas de 1980 e 1990, os planos centraram-se na estabilização monetária. Nos governos Collor e FHC, as políticas do neoliberalismo, de redução do Estado na economia, deixaram ao “livre mercado” a condução de nossos rumos. Estabilizamos a moeda, mas com perda de conhecimento tecnológico, desemprego e exclusão.

 

O atual modelo, dos governos Lula e Dilma, estrutura-se em três colunas: 1) estabilidade monetária, por meio do tripé superávit fiscal, sistema de metas de inflação e câmbio flutuante; 2) políticas de inclusão social e expansão do mercado interno: valorização do salário mínimo, Bolsa Família, Prouni, “Minha Casa, Minha Vida”, entre outras; 3) investimentos em infraestrutura (PAC) e políticas de incentivo à inovação tecnológica. O modelo dos últimos doze anos foi bem-sucedido, porque conseguiu associar crescimento, controle da inflação, inclusão de mais de 40 milhões de pessoas ao mercado e distribuição de renda.

 

Nos últimos quatro anos as taxas de crescimento foram reduzidas. Com Dilma, a taxa média de crescimento foi de 2%, contra 4% nas gestões de Lula. Em parte, porque a economia internacional desacelerou. Neste contexto, o debate eleitoral foi acirrado. A oposição não apresentou modelo alternativo. Sua crítica e proposição apontam que, se ganhasse, teria novamente construído um modelo identificado com o neoliberalismo: choque de gestão com redução do Estado, autonomia do Banco Central, eliminação da política de valorização do salário mínimo, redução dos gastos sociais, diminuição do papel dos bancos públicos.

 

É momento de aprofundar o atual modelo econômico. Mas o caminho é o contrário do proposto pelos neoliberais. Entre as principais medidas estariam a convivência de metas de inflação com a fixação de metas de juros reais (que seriam cadentes ao longo de um período). Maior ênfase no crédito à produção. As políticas de inclusão social devem continuar porque são civilizatórias. Elas impedem a barbárie social, além de contribuir para expandir o mercado interno. Ao seu lado, é preciso também uma agressiva política de incremento da competitividade industrial que passa por ajustes no cambio (inclusive com o estudo da adoção de taxas múltiplas) e pela fixação explícita de metas de exportações; metas de substituição de importações mais complexas; metas concretas de P&D e Inovação tecnológica; metas de modernização do parque fabril; metas de desburocratizaçãoe simplificação tributária; metas de parcerias internacionais.

 

*Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo e professor doutor da USCS

terça-feira, 11 de novembro de 2014

É possível reproduzir o modelo sueco no Brasil?


 11 e 12 de novembro de 2014

 
 

No final de setembro, estive novamente na Suécia, indicado pelo prefeito de São Bernardo,  Luiz Marinho. Coordenei missão composta também por professores da UFABC, FEI, Mauá de Tecnologia e Metodista, bem como por empresários e por um representante do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Fomos entender um pouco mais como funciona o modelo de “tríplice hélice”, que reúne gestão pública, universidades e setor privado em projetos estratégicos, como é o caso da aeronave supersônica Gripen. O modelo tem sido uma das bases do sucesso da Suécia. No final do Século 19, a Suécia era um dos países mais pobres da Europa, com dificuldades de produção agrícola. Após a Segunda Guerra, a Suécia passou a estar entre as nações mais avançadas do mundo. Tecnologia e inovação têm sido suas marcas, em áreas tais como defesa, automotiva, comunicações, saúde e sustentabilidade. É possível replicar seu modelo no Brasil?

 

Na última década, o Brasil intensificou o intercâmbio com a Suécia. O governo Lula assinou importantes acordos de cooperação com aquele país. Em 2013, a presidente Dilma escolheu o Gripen para modernizar a FAB. Além das qualidades do caça, pesaram as potencialidades de transferências tecnológicas e as potenciais parcerias entre Brasil e Suécia. Em São Bernardo, temos  também aprofundado a relação: em 2010, o prefeito Marinho foi convidado pelo rei da Suécia para uma recepção; em 2011, tivemos a inauguração, em São Bernardo, do Cisb (Centro de Inovação Sueco- Brasileiro); em seguida, nosso município tornou-se cidade irmã de

Linköping; em 2013, a cidade realizou o Seminário Brasil-Suécia de Segurança Veicular; no mesmo ano, é anunciado que São Bernardo sediará a instalação da fábrica SBTA, que fabricará parte das peças do Gripen no Brasil.

 

A missão teve a oportunidade de dialogar com universidades, parques tecnológicos, laboratórios de pesquisas, empresas da área aeroespacial e de defesa e de siderurgia. Os principais projetos suecos iniciam-se com decisões governamentais,avançam para a pesquisa básica e aplicada nas universidades, e, por  fim, tornam-se negócios. Mas governo, universidades e indústria interagem em todas as fases. 

 

Muitas parcerias foram construídas pela missão: entre as universidades suecas e as brasileiras; entre parques tecnológicos da Suécia e a Associação Parque Tecnológico de São Bernardo; entre as gestões publicas (Linköping e São Bernardo).  Fruto também da missão, está prevista, em abril de 2015, no ABCD, rodada de relacionamentos entre empresas suecas e brasileiras da área de aeroespacial.

 

Temos muito a aprender com a Suécia sobre o modelo tríplice hélice. O aprendizado ajudará no aprofundamento das relações entre as próprias instituições brasileiras (gestão pública, universidades e setor produtivo), em torno de projetos tecnológicos e produtivos estratégicos. Portanto, é possível sim reproduzir com sucesso o modelo sueco no Brasil. Ainda que, é claro, com ajustes à realidade brasileira.

 

*Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Entrevista ao site "Padarias do ABC" sobre a 4ª Edição do Festival Rotas dos Sabores de São Bernardo do Campo


Entrevista ao site "Padarias do ABC", em 7/11/2014, sobre a 4ª Edição do Festival Rotas dos Sabores de São Bernardo do Campo

Para acessar o link, clique no link abaixo:


https://www.youtube.com/watch?v=hXKKkCYJP0s

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Desatar o nó da economia



4 e 5 de novembro de 2014

 

São vários os desafios do governo da presidente Dilma, para o período 2015-2019. Os Macroeconômicos são: manter níveis elevados de geração de empregos com estabilidade de preços, aumento da renda, equilíbrio nas contas finanças e nas contas externas. Mais: o Brasil carece de “novos arranques” em áreas como educação, saúde, segurança e infraestrutura.

 

Identificar carências não significa deixar de reconhecer o quanto se avançou nos últimos 12 anos. Ao contrário: novos arranques somente são possíveis porque o Brasil passou por profundas transformações com base no mercado interno.  Programas sociais de transferência

de renda como o Bolsa Família, a Política de Valorização do Salário Mínimo, o Minha Casa, Minha Vida, o Prouni e o Pronatec estão entre  aqueles que tiveram e têm papel essencial nesta estratégia. Este modelo propiciou a inclusão de mais de 40 milhões de pessoas ao consumo.

 

Vejamos um dos principais nós a serem desatados de imediato: a necessidade da retomada do crescimento do PIB. As reduzidas taxas de crescimento econômico no primeiro mandato de Dilma (média de 2% ao ano) contribuíram para que, apesar de taxas de desemprego em níveis mais baixos na história recente, segmentos da sociedade brasileira estivessem mais propensos

ao discurso de partidos conservadores, que insistem em não reconhecer os avanços no último período. Muitos destes segmentos aderiram às críticas amplamente veiculadas pela grande mídia, aos programas sociais mencionados. No final da campanha, marcada pelo preconceito,

pôde-se notar que parte desses segmentos passou a tomar estes programas como se fossem

“contrários” aos seus interesses. O que é um ledo engano, porque, ao incluir os segmentos das camadas “C”, “D” e “E” como consumidores, os programas acabaram por ampliar também os ganhos das classes “B” e “A”. O Brasil todo foi e é beneficiado por estas políticas. Em um quadro de baixas taxas de crescimento na economia internacional, não é tarefa fácil aumentar o PIB. Mas o esforço tem que ser feito e passa também por ajustes na política industrial. A indústria é o coração da economia, por sua capacidade de puxar a dinâmica econômica para frente (serviços, exportações, inovações tecnológicas) e para trás (cadeias fornecedoras). É preciso criar condições para que a indústria nacional volte a ser competitiva. Isto significa rediscutir a política cambial. É preciso ter uma política mais “agressiva” de exportação, e encaminhar programas setoriais em andamento como o Inovarauto e Inovapeças (setor automotivo), Reiq e Repequim (setor químico), Retid (defesa).

 

Entre as políticas horizontais, é essencial fortalecer a participação da produção local em projetos como o do Pré-Sal e o de Defesa; implementar política de incentivo à modernização do maquinário de nossas industrias (Modermaq); aprofundar a política de desoneração dos investimentos produtivos e de desoneração da folha de pagamentos. Muito importante também

acelerar o Supersimples, que facilita a vida tributária das empresas.

 

*Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

CARTA AOS EMPRESÁRIOS DO GRANDE ABC


14/10/2014 - ELEIÇÕES 2014
 
 
 
Por: Jefferson José da Conceição e Carlos Alberto Gonçalves (Krica)

 

 
http://www.abcdmaior.com.br/imagens/upload/noticias/62360.jpg
 
POR QUE É FUNDAMENTAL REELEGER DILMA ROUSSEFF

Dirigimo-nos aos empresários e empresárias do Grande ABC para pedir seu apoio à reeleição da Presidente Dilma Rousseff.
O Brasil está diante de dois projetos conhecidos. Todos sabemos o que é ser governado pelo PSDB e pelo PT. Um primeiro registro é a passagem de nosso país, da 13a posição em 2002, para a 7a em 2014, no ranking mundial dos PIBs.
Com Lula e Dilma, o setor produtivo recebeu estímulos, crédito e desonerações fiscais. A melhora na distribuição de renda, marca dos três últimos governos, ampliou o mercado consumidor e propiciou crescimento dos negócios, da produção e dos empregos. Os bancos públicos assumiram papel inédito na ampliação do crédito. O investimento na qualificação dos recursos humanos foi incomparável: 18 novas universidades, 422 escolas técnicas federais, 6,8 milhões de matrículas no PRONATEC, duplicação do número de estudantes universitários para 7 milhões.
O apoio à inovação nas empresas foi mais um grande diferencial entre as duas administrações. Com Lula e Dilma, as Leis do Bem e da Inovação, o fortalecimento da FINEP e os editais do MCT&I e do CNPq, possibilitaram parcerias entre universidades e empresas em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.
Programas setoriais como o Minha Casa, Minha Vida e o Minha Casa Melhor fortaleceram os segmentos da construção civil e do mobiliário. O ModerMaq, em elaboração pelo Governo Dilma, permitirá modernizar um terço do parque de máquinas instaladas na primeira etapa, aumentando a competitividade das indústrias.
As políticas de conteúdo nacional, nas áreas automotiva (InovarAuto), do Petróleo e Gás (modelo de exploração do pré-sal), da Defesa (InovaDefesa) e da Saúde (Inova Saúde) ampliaram as oportunidades de negócios para as empresas brasileiras.
Em contraste, o período de governo do PSDB (FHC/Aécio) será sempre lembrado como aquele em que o setor produtivo ficou abandonado, refém de juros de até 45% ao ano, de uma concorrência brutal de produtos importados sem qualquer salvaguarda, de ausência de crédito ou de fomento à inovação. Foi a época do “salve-se quem puder”. 
E muitos, infelizmente, naufragaram, ocasionando perdas irreparáveis de expertise gerencial, técnica e profissional. Metade da força de trabalho desempregada ou subempregada representava um estreitamento do mercado consumidor. Privatizações selvagens, como as da Vale do Rio Doce e da Embraer, favoreceram consórcios internacionais com empréstimos do BNDES e as antigas estatais passaram a importar a maioria dos insumos, restringindo ainda mais o mercado para nossas empresas.
Políticas de apoio geral e setorial à indústria eram demonizadas como “jurássicas”. Foi assim que o Brasil permaneceu estagnado e desempregado, com uma economia voltada exclusivamente aos rentistas da dívida pública.
O Grande ABC é o melhor retrato da diferença entre ambas as administrações. Com o PSDB de FHC/Aécio, esta região foi duramente castigada pela guerra fiscal estimulada pelo próprio Governo Federal; pela evasão e fechamento de indústrias como Brastemp, Maxion, Wheaton, Atlas Copco, Black and Decker, entre centenas de outras; pelo desemprego, com 82 mil postos de trabalho eliminados na indústria; e pela crise sócio-ambiental. FHC sugeriu que desistíssemos da indústria e apontou as casas de espetáculo de Detroit como exemplo para nossa região.
Com Lula e Dilma, a produção e os empregos voltaram de forma robusta. Ampliação do Polo Petroquímico, estímulos às montadoras de veículos e uma política de incentivo à produção devolveram a pujança ao Grande ABC. Dilma Rousseff aportou vultosos investimentos em Mobilidade Urbana, Contenção de Enchentes, Habitação, Saúde e outras áreas. Dez bilhões de reais foram destinados à Região do ABC pelo Governo Federal. Obras fundamentais como o Hospital de Clínicas no Alvarenga, as presentes obras de drenagem e de mobilidade (como os corredores exclusivos de ônibus), o Sistema Integrado de Monitoramento, são exemplos de uma política de relançamento da região. A antecipação da chegada do Metro de 2030 para 2015/2016 foi possibilitada pelo empenho de R$ 1,5 bilhão do Governo Dilma.
Nossos Arranjos Produtivos Locais foram reconhecidos pelo Governo Dilma e acabam de receber linhas de crédito com taxas e prazos especiais pela Caixa Econômica Federal. Em seis meses, já foram emprestados R$ 5 milhões. A implantação da UFABC, em 2006, que já conta com dois campi (Santo André e São Bernardo do Campo) e foi incluída em rankings internacionais de excelência em pesquisa, além de já ser a que mais forma engenheiros no Brasil, é uma conquista maior da Região. Projetos fundamentais, como o Birô de Engenharia em Ferramentaria, o Laboratório de Segurança Veicular (crash test), o Inventário da Oferta Tecnológica e consultorias em capacitação de empresas, contam com parcerias fundamentais do BNDES, da FINEP, da ABDI e do CNPq. O Governo Dilma é interlocutor prioritário dos APLs do Grande ABC, de nossa indústria e das universidades locais. As Centrais de Trabalho e Renda da região, importantes instrumentos de intermediação gratuita de mão-de-obra, são frutos de convênio com o Governo Dilma.
O Governo Dilma acaba de dar novo impulso à Região do ABC, com a escolha do caça supersônico sueco Gripen, da Saab, para a Força Aérea. Mil empregos diretos e cinco mil indiretos, de alta qualificação, serão gerados na região, com a instalação de uma fábrica de aeroestruturas, anunciada neste ano. As indústrias da Região do ABC têm nova oportunidade de ampliação de negócios, bem como nos demais projetos das Forças Armadas, graças às políticas de reaparelhamento iniciadas por Lula e aprofundadas por Dilma. Podemos, dessa forma, conservar nossa vocação automotiva, metalmecânica e química e, ao mesmo tempo, diversificar os mercados de nossas empresas, gerando maior segurança econômica e melhores perspectivas de inovação, retorno econômico e empregos. Também acaba de ser entregue ao Governo da Presidente Dilma, pelo Prefeito Luiz Marinho, o projeto de um aeroporto de cargas a ser construído no município.
Todos esses projetos, inclusive o Gripen, somente estarão assegurados caso a Presidente Dilma permaneça à frente do Governo Federal. Aécio Neves já mostrou seu apego às políticas do passado, centradas exclusivamente no combate à inflação com altos juros e no ajuste fiscal com redução de despesas públicas. O Grande ABC já sentiu na pele o estrago econômico dessas políticas.
Queremos avançar, não retroceder. Por isso, pedimos o apoio do empresariado do Grande ABC à reeleição de Dilma Rousseff.
Jefferson José da Conceição 
Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da presidência da República entre 2003 e 2004 e secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo
Carlos Alberto Gonçalves (Krica)
Especialista em Gestão Pública pela Fundação Escola de Sociologia e Política e secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Entrevista à TV Bernô sobre a Missão à Suécia


Entrevista à TV Bernô em 17/9/2014 sobre a Missão à Suécia

Para acessar a entrevista, clique no link abaixo:


https://www.youtube.com/watch?v=WeQdXwbHzKw

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

INVENTÁRIO DE OFERTA TECNOLÓGICA DO ABCD


06/08/2014 - ARTIGO
 
Por: Jefferson José da Conceição* (economia@abcdmaior.com.br)

 

http://www.abcdmaior.com.br/imagens/upload/noticias/60944.jpg
Pesquisa vai revelar no que inovamos

Responsável por 7% do PIB do Estado de São Paulo e 2,3% do PIB do País em 2010, a Região enfrenta o constante desafio de preservar sua pujança industrial, ampliar o setor terciário avançado e atrair novos investimentos. Sua grande densidade industrial é resultante de várias décadas de instalação e funcionamento dos setores metal mecânico, eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos, químico, borracha, construção civil, móveis, gráfico, têxteis e confecções entre outros. Atualmente, é cada vez mais estratégico o papel dos serviços tecnológicos na alavancagem da competitividade dos produtos.
Por esta razão o Consórcio Intermunicipal, em parceria com a Agencia de Desenvolvimento Econômico, está realizando, neste momento, pesquisa denominada "Inventário de Oferta Tecnológica do Grande ABC". Esta pesquisa mapeará os serviços tecnológicos (laboratórios, centros de P&D, entre outros) ofertados pelas instituições de pesquisa e pelas empresas privadas. Os laboratórios e instituições pesquisados são aqueles que, além de estarem instalados na Região, estejam credenciados (CGCRE/Inmetro, MAPA, IOAS, ANATEL, Anfavea, Remesp, entre outros) ou ligados ao Sibratec.
A entidade contratada pela Agencia de Desenvolvimento Econômico para executar a pesquisa é o Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano. A equipe de Coordenação da Pesquisa estruturou também um Grupo Técnico, formado pelas diversas instituições acadêmicas e técnicas da Região - como Instituto Mauá de Tecnologia, Centro Universitário FEI, Universidade Federal do ABC, Dieese, Senai, Universidade Metodista e Fundação Santo André - para discutir e fazer sugestões sobre o questionário a ser aplicado. Além dessas instituições, faz parte do GT, a convite, a ABDI (Agência Brasileira de Desevolvimento Industrial), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A presença de serviços tecnológicos é uma das características das regiões industrialmente avançadas. A pesquisa pretende mapear os diversos tipos de serviços tecnológicos, como credenciamento, certificação de produtos, processos e serviços, normalização e regulamentação técnica, inspeção, laboratórios (calibração e ensaios), informação tecnológica e assistência técnica especializada em TIB (Tecnologia Industrial Básica).
Certamente esta pesquisa contribuirá também como um "cartão institucional" da Região do Grande ABC na área Tecnológica. Ao seu final, ela disponibilizará um banco de dados com as Instituições pesquisadas e o detalhamento técnico de todos os nossos serviços tecnológicos disponíveis em entidades públicas ou privadas. Os resultados ficarão disponíveis em um site interativo, que poderá ser consultado e divulgado por qualquer instituição ou empresa do Brasil.
*Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo e Coordenador do GT de Desenvolvimento Econômico do Consórcio Intermunicipal