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terça-feira, 24 de junho de 2014

Alimentação fora do lar requer políticas públicas


  24 e 25 de junho de 2014


 
 

No dia 16, reunimos diversos proprietários e gerentes de restaurantes, pizzarias, padarias,  bares e rotisseries de São Bernardo, para lançar o “Livro de Receitas do Festival Rotas dos Sabores”, organizado pela Prefeitura com o apoio do Sehal e da Assorth. O livro, que contém 43 receitas de diferentes estabelecimentos, pode ser obtido pelo site www.turismosaobernardo.com.br. Registre-se que o lançamento foi um sucesso. Entretanto, tão importante quanto lançar a publicação foi dar continuidade à política de aproximação entre as empresas que compõem, em São Bernardo, o segmento da alimentação fora do lar, e entre estas e a gestão pública. Esta aproximação vem se aprofundando por meio do APL (Arranjo Produtivo Local) do setor.

 

No Brasil, o setor de alimentação fora do lar representa uma parcela expressiva da atividade econômica. O setor abrange 1 milhão de empresas, gera 6 milhões de empregos e representa 2,4%  do PIB. Cerca de 20% do total das micro e pequenas empresas do País são do segmento. Trata-se de atividade com amplo potencial de crescimento nos próximos anos. Se atualmente o setor de alimentação fora do lar já representa, em média, 40% do gasto orçamentário mensal da família brasileira, a perspectiva é de que atinja 50% em 2022!

 

São várias as razões que explicam este forte crescimento do setor nos últimos anos e a tendência de expansão nos próximos: a inclusão de novos segmentos sociais no mercado brasileiro (as chamadas classes “C” e “D”); os níveis recordes de empregabilidade no País; a integração da mulher no mercado de trabalho; a distancia entre o local de trabalho e a residência; o novo hábito do brasileiro  de realizar suas refeições fora do lar.

 

Em São Bernardo, existem aproximadamente 800 estabelecimentos comerciais voltados para  a alimentação fora do lar, que empregam 5.700 empregados.

 

O setor, em São Bernardo e no País como um todo, por sua pujança e importância, merece um olhar atento das políticas públicas. Em São Bernardo, estamos buscando fazer nossa parte. O Festival Rotas dos Sabores e o Livro de Receitas são apenas algumas das iniciativas voltadas para o fomento deste segmento. Os cursos realizados pela Secretaria de Educação no Restaurante-Escola constituem-se em outra ação importante. Por meio do APL de Restaurantes, Bares e Afins, que é coordenado por nossa secretaria, estamos buscando elaborar e executar políticas em conjunto com os estabelecimentos comerciais, a Assorth, o Sehal, as universidades, o Senac, o Sebrae, as outras secretarias do governo, entre outros.

 

No APL, estão em discussão no momento políticas para a atração de novos profissionais para o segmento; capacitação profissional; linhas de financiamento para capital de giro e investimento; inovação em gestão; simplificação do licenciamento da vigilância sanitária; segurança do estabelecimento e dos consumidores; busca de novos mercados; cumprimento das exigências da legislação trabalhista, entre outras.

 

*Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Fortalecer a indústria de máquinas e Equipamentos


  
 
 17 e 18 de junho de 2014
 
Em 10 de junho, acompanhamos o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, em visita à Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), onde fomos recebidos pelo presidente  da entidade, Carlos Pastoriza. O objetivo foi discutir políticas para o setor no Brasil, tais como a sua participação na base industrial de defesa e o programa de modernização do parque fabril brasileiro.
 
Esta indústria depende do crescimento econômico e de planos de longo prazo. Logo depois do estímulo proporcionado no 2º Plano Nacional de Desenvolvimento, de 1974 a 1979, o setor não teve um quadro favorável. Os anos de 1980 foram os da “década perdida”, de crise, inflação e estagnação. A década  de 1990, do período FHC, foi a do neoliberalismo, o do abandono de políticas industriais e de desenvolvimento.
 
Com Lula e Dilma, tivemos a presença de um Estado proativo na última década. As políticas industriais foram retomadas: PITCE (1º governo Lula), PDP (2º governo Lula) e Plano Brasil Maior (governo Dilma). Retomaram-se os instrumentos de fomento e indução ao setor privado. O BNDES foi fortalecido. Criaram-se a “Lei do Bem” e a Lei da Inovação. Constituíram-se políticas específicas para segmentos estratégicos, como petróleo e gás; defesa; automotivo, saúde.
 
Apesar dos avanços, são vários os desafios: a recessão internacional e a demanda fraca do setor; a concorrência chinesa; a necessidade do aumento da taxa de investimento da economia para acima de 20% do PIB; a necessidade de reformas estruturais, como a tributária (maior progressividade, redução da carga fiscal das empresas), a educacional (acelerar os avanços obtidos até agora), a de Infraestrutura (implantar modelos de negócios que viabilizem a requalificação e expansão nos transportes, energia e comunicações), a política.
 
A indústria de máquinas e equipamentos emprega mais de 250 mil pessoas no Brasil, em empregos qualificados. Preocupa-nos a queda do consumo aparente de 8% no 1º quadrimestre do ano; a redução da  participação da indústria doméstica a 26% do consumo aparente (aumento de importações); a balança comercial negativa.
 
Concordamos com a agenda proposta pela Abimaq, que inclui: o Inova Máquinas, que pode seguir o caminho do Inovar Auto e evitar algumas de suas limitações; a utilização do poder de compra do governo; a ampliação do uso da contrapartida de conteúdo local; o programa de incentivo à renovação do parque industrial; a desoneração dos investimentos; a redução do IPI para matérias-primas; a devolução  dos créditos tributários; o financiamento competitivo, com
funding adequado; a ampliação do uso da Defesa Comercial.
 
Somente é possível avançar se darmos sequencia às políticas industriais implantadas em anos
recentes, fortemente atacadas por analistas presos ao antigo paradigma neoliberal. As medidas precisam de ampla negociação com o governo federal A presidente Dilma Roussef já demonstrou ao setor que está permanentemente aberta ao diálogo com o setor produtivo e suas entidades representativas.
 
 *Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.
 

Fortalecer a indústria de máquinas e Equipamentos



17 e 18 de junho de 2014

 


Em 10 de junho, acompanhamos o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, em visita à Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), onde fomos recebidos pelo presidente  da entidade, Carlos Pastoriza. O objetivo foi discutir políticas para o setor no Brasil, tais como a sua participação na base industrial de defesa e o programa de modernização do parque fabril brasileiro.

 

Esta indústria depende do crescimento econômico e de planos de longo prazo. Logo depois do estímulo proporcionado no 2º Plano Nacional de Desenvolvimento, de 1974 a 1979, o setor não teve um quadro favorável. Os anos de 1980 foram os da “década perdida”, de crise, inflação e estagnação. A década  de 1990, do período FHC, foi a do neoliberalismo, o do abandono de políticas industriais e de desenvolvimento.

 

Com Lula e Dilma, tivemos a presença de um Estado proativo na última década. As políticas industriais foram retomadas: PITCE (1º governo Lula), PDP (2º governo Lula) e Plano Brasil Maior (governo Dilma). Retomaram-se os instrumentos de fomento e indução ao setor privado. O BNDES foi fortalecido. Criaram-se a “Lei do Bem” e a Lei da Inovação. Constituíram-se políticas específicas para segmentos estratégicos, como petróleo e gás; defesa; automotivo, saúde.

 

Apesar dos avanços, são vários os desafios: a recessão internacional e a demanda fraca do setor; a concorrência chinesa; a necessidade do aumento da taxa de investimento da economia para acima de 20% do PIB; a necessidade de reformas estruturais, como a tributária (maior progressividade, redução da carga fiscal das empresas), a educacional (acelerar os avanços obtidos até agora), a de Infraestrutura (implantar modelos de negócios que viabilizem a requalificação e expansão nos transportes, energia e comunicações), a política.

 

A indústria de máquinas e equipamentos emprega mais de 250 mil pessoas no Brasil, em empregos qualificados. Preocupa-nos a queda do consumo aparente de 8% no 1º quadrimestre do ano; a redução da  participação da indústria doméstica a 26% do consumo aparente (aumento de importações); a balança comercial negativa.

 

Concordamos com a agenda proposta pela Abimaq, que inclui: o Inova Máquinas, que pode seguir o caminho do Inovar Auto e evitar algumas de suas limitações; a utilização do poder de compra do governo; a ampliação do uso da contrapartida de conteúdo local; o programa de incentivo à renovação do parque industrial; a desoneração dos investimentos; a redução do IPI para matérias-primas; a devolução  dos créditos tributários; o financiamento competitivo, com

funding adequado; a ampliação do uso da Defesa Comercial.

 

Somente é possível avançar se darmos sequencia às políticas industriais implantadas em anos

recentes, fortemente atacadas por analistas presos ao antigo paradigma neoliberal. As medidas precisam de ampla negociação com o governo federal A presidente Dilma Roussef já demonstrou ao setor que está permanentemente aberta ao diálogo com o setor produtivo e suas entidades representativas.

 

 *Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.