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terça-feira, 17 de junho de 2014

Fortalecer a indústria de máquinas e Equipamentos


  
 
 17 e 18 de junho de 2014
 
Em 10 de junho, acompanhamos o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, em visita à Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), onde fomos recebidos pelo presidente  da entidade, Carlos Pastoriza. O objetivo foi discutir políticas para o setor no Brasil, tais como a sua participação na base industrial de defesa e o programa de modernização do parque fabril brasileiro.
 
Esta indústria depende do crescimento econômico e de planos de longo prazo. Logo depois do estímulo proporcionado no 2º Plano Nacional de Desenvolvimento, de 1974 a 1979, o setor não teve um quadro favorável. Os anos de 1980 foram os da “década perdida”, de crise, inflação e estagnação. A década  de 1990, do período FHC, foi a do neoliberalismo, o do abandono de políticas industriais e de desenvolvimento.
 
Com Lula e Dilma, tivemos a presença de um Estado proativo na última década. As políticas industriais foram retomadas: PITCE (1º governo Lula), PDP (2º governo Lula) e Plano Brasil Maior (governo Dilma). Retomaram-se os instrumentos de fomento e indução ao setor privado. O BNDES foi fortalecido. Criaram-se a “Lei do Bem” e a Lei da Inovação. Constituíram-se políticas específicas para segmentos estratégicos, como petróleo e gás; defesa; automotivo, saúde.
 
Apesar dos avanços, são vários os desafios: a recessão internacional e a demanda fraca do setor; a concorrência chinesa; a necessidade do aumento da taxa de investimento da economia para acima de 20% do PIB; a necessidade de reformas estruturais, como a tributária (maior progressividade, redução da carga fiscal das empresas), a educacional (acelerar os avanços obtidos até agora), a de Infraestrutura (implantar modelos de negócios que viabilizem a requalificação e expansão nos transportes, energia e comunicações), a política.
 
A indústria de máquinas e equipamentos emprega mais de 250 mil pessoas no Brasil, em empregos qualificados. Preocupa-nos a queda do consumo aparente de 8% no 1º quadrimestre do ano; a redução da  participação da indústria doméstica a 26% do consumo aparente (aumento de importações); a balança comercial negativa.
 
Concordamos com a agenda proposta pela Abimaq, que inclui: o Inova Máquinas, que pode seguir o caminho do Inovar Auto e evitar algumas de suas limitações; a utilização do poder de compra do governo; a ampliação do uso da contrapartida de conteúdo local; o programa de incentivo à renovação do parque industrial; a desoneração dos investimentos; a redução do IPI para matérias-primas; a devolução  dos créditos tributários; o financiamento competitivo, com
funding adequado; a ampliação do uso da Defesa Comercial.
 
Somente é possível avançar se darmos sequencia às políticas industriais implantadas em anos
recentes, fortemente atacadas por analistas presos ao antigo paradigma neoliberal. As medidas precisam de ampla negociação com o governo federal A presidente Dilma Roussef já demonstrou ao setor que está permanentemente aberta ao diálogo com o setor produtivo e suas entidades representativas.
 
 *Jefferson Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.
 

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