11 de dezembro de 2014
Opinião
O
título deste artigo dá nome ao livro que acaba de ser lançado na Região. Fruto
da parceria entre Agência de Desenvolvimento Econômico, Consórcio
Intermunicipal e Prefeitura de São Bernardo, a publicação, bilíngue (português
e inglês), de 278 páginas, aprofunda, por meio de textos de 29 autores, o
debate sobre as potencialidades do ABCD no fornecimento de produtos e serviços
à cadeia de petróleo e gás.
Maior
cluster industrial da América Latina, a Região já está inserida na referida
cadeia, por meio do Polo Petroquímico da Braskem, da Refinaria de Capuava e de
várias indústrias químicas. Pela RAIS, o total de empregados dessas empresas no
ABCD, em 2012, era de 34,6 mil pessoas, em 841 estabelecimentos. O valor
adicionado gerado era, em 2010, de R$ 72,9 bilhões ou 8% do valor adicionado no
Estado de São Paulo. Acrescentem-se ainda as muitas empresas do complexo metal
mecânico e de outros setores que também fornecem para a cadeia produtiva, bem como
as universidades e centros técnicos instalados na Região que possuem pesquisas
e formação relacionadas aos temas da energia e do petróleo e gás.
Temos
todas as condições para ter como meta a ampliação da participação da Região na
cadeia de fornecimento da Petrobras e das grandes empresas que atuam no
pré-sal. Isto, sem abandonar as vocações
atuais da Região. A estratégia, tal como no caso da indústria de defesa, consiste em diversificar
o parque produtivo já instalado para atender às novas demandas da cadeia de
petróleo e gás.
O
livro chega em boa hora. Apesar dos grandes investimentos do pré-sal - e uma
parte deles ocorre na Baixada Santista, bem ao nosso lado -, são grandes os desafios
para atingir nosso objetivo. O poder
público está fazendo sua parte. Workshops, seminários e rodadas de
relacionamento foram realizados pelas Secretarias de Desenvolvimento Econômico,
Consórcio e Agência. Em junho de 2012, constituímos, na Prefeitura de São Bernardo, o PAC (Posto Avançado de
Cadastramento da Petrobras), para apoio técnico
gratuito às empresas que desejassem inserir-se no cadastro de fornecedores
da Petrobras. Em que pesem estes avanços, não conseguimos ainda pleno sucesso na
empreitada.
A
crise vivida pela Petrobras passará e o Brasil
retomará com força os investimentos no pré-sal. O ABCD precisa intensificar
ainda mais sua preparação e articulação. Além disso, é importante que as
instituições locais se insiram na luta efetiva pelo cumprimento, por parte do
governo federal, de metas claras de nacionalização no fornecimento à Petrobras e
demais empresas atuantes no pré-sal.
Dada
a importância do livro, recomendo que os municípios ampliem o número de
exemplares impressos, bem como façam ampla divulgação da publicação. O livro poderá
também ser obtido em breve, em versão eletrônica, nos sites das instituições
parceiras responsáveis pela publicação.
*Jefferson
Conceição é Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São
Bernardo.
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