2 ABCDMAIOR
| 7
e 8 de maio de 2013
A Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, criada em
1998, foi uma importante inovação institucional da Região. Fruto de um dos
acordos da Câmara Regional do ABC, que funcionou em sua plenitude na segunda metade
daquela década. A agência de Desenvolvimento e o Consórcio Intermunicipal são, desde então,
diferenciais de organização institucional e competitividade da Região no País.
Instituição sem fins lucrativos, a agência, que teve
como seu primeiro presidente o saudoso Prefeito Celso Daniel, tem como missão
principal dar suporte em três áreas: a) implementação de plano de marketing (divulgando
as potencialidades da Região); b) montagem de banco de dados; c) apoio ao
fomento da atividade econômica regional. Os sócios da agencia hoje são o
Consórcio Intermunicipal; as associações comerciais e industriais dos sete
municípios; os sindicatos; as empresas do polo petroquímico; as universidades. Esta
composição revela sua natureza mista, não estatal.
A Agência do Grande ABC teve sua constituição
inspirada na experiência de agências europeias. Uma delas é a Agencia Sviluppo
Nord Milano, de Sesto San Giovanni, cidade que faz parte da região
metropolitana de Milão, e que, ao longo do século 20, abrigou empresas de grande porte como Pirelli, Magnetti Marelli, Breda e
Campari. Sesto San Giovanni, que tem cerca de 100 mil habitantes, também sofreu
com a saída de empresas (Falk, Magnetti Marelli, Breda), o
desemprego e a queda da qualidade de vida. O processo estimulou a construção de
parcerias entre o setor público e o setor privado, lideranças políticas e
representações sindicais. Outra experiência de agência
que foi alvo de atenção quando da criação de nossa
agencia é a do Vale do Ruhr, na Alemanha. Nessa região, a partir da mobilização
e da aproximação de poder público, setor privado, sindicatos e outros,
constituiu-se uma agencia com a função de elaborar políticas de desenvolvimento
econômico local.
A posse da nova diretoria da agência – que agora tem
como presidente o sindicalista Rafael Marques, e como vice-presidente, o
professor, Joaquim Freire– traz expectativas positivas. O tema da inovação, tecnologia
e qualificação tem sido trabalhado como prioridades, tanto por sindicatos quanto por universidades. A
dobrada “trabalho e conhecimento” no comando da agência, apoiada por todos os
demais setores, pode criar as condições para um novo salto na Agencia.
*Jefferson
da Conceição é o secretário de
Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo
Nenhum comentário:
Postar um comentário