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quarta-feira, 8 de maio de 2013

O empreendedorismo benvindo da pequena empresa


 

 

Muita gente acha que a grande empresa é a figura que melhor representa o dinamismo e a prosperidade do sistema econômico, pois ela movimenta milhões em faturamento. Seria o executivo da grande empresa a melhor síntese do vigor da economia de mercado. Será mesmo?

É possível argumentação oposta. Schumpeter, famoso economista do século XX, escreveu que o empresário individual, ao buscar o lucro e procurar ganhar a concorrência, tem como função social “inventar”: revolucionar uma forma de produção ou produto, de forma a explorar uma possibilidade nova. Foi assim com a energia elétrica, o aço, o vapor, o automóvel... É o empresário o responsável pela “destruição criadora”: a inovação tecnológica ou sua aplicação prática. O empresário pequeno, individual, seria este sim a célula viva do sistema.

Para Schumpeter, a grande empresa, embora admirada, gera estruturas monopolistas e burocráticas, reduzindo a competição e o espaço da pequena empresa. Sem querer, a grande empresa destruiria aos poucos a referida função do empresário, que é “inovar”. Ela tornaria o organismo econômico menos eficiente e menos democrático quanto ao poder e à riqueza. O próprio sucesso da grande empresa, com a concentração do capital, conduziria o sistema à crise.

Sem entrar no mérito das colocações de Schumpeter, fiquemos com o essencial aqui: o papel vital da pequena empresa.

No Brasil, a pequena empresa tem importância cada vez maior. Segundo o IPEA, entre 1998 e 2008, a cada 3 empregos criados, 2 ocorreram em empresas com até dez trabalhadores; 54% de todos os postos de trabalho estão nestas empresas.

A pequena empresa continua carecendo de apoio. Por isto, foi tão importante a assinatura pelo Governo Lula, em 2006, da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. A Lei procura tirar da informalidade negócios que hoje têm faturamento mensal de até R$ 5.000. São cabeleireiras, ambulantes, motoboys, costureiras, marceneiros... Reduz o pagamento de tributos; dá prioridade em licitações; possibilita o crédito; concede o benefício da aposentadoria por tempo de contribuição. Como esta lei também exige a sua aprovação no município, o Prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, enviou para a Câmara, e aprovou, em abril de 2010, a versão municipal da Lei. De acordo com a Receita Federal, 6540 microempreendedores estão em processo de formalização no município.

A atual gestão municipal constituiu também a Sala do Empreendedor, que objetiva atender o empreendedor com rapidez e atenção, fornecendo informações de documentação, crédito, apoio técnico, situação de processos etc. De setembro de 2011 (inauguração) até abril de 2012, a Sala promoveu também cursos de aperfeiçoamento empresarial para 1212 pequenos empreendedores!

Por isto, ficamos felizes pelo selo de “Prefeito Empreendedor” concedido pelo Sebrae-SP ao Prefeito Luiz Marinho, recentemente. Bom saber que estamos contribuindo para manter pulsante um dos motores de nosso desenvolvimento.

Jefferson José da Conceição é o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo.

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