2 ABCDMAIOR
| 30 de abril e 1 de maio de
2013
Jefferson José da Conceição
Em 24 de abril ocorreu em São Bernardo o seminário
“Inovar-Auto: desafios e oportunidades
para a Região”. Trabalhadores, empresários, poder público e instituições de
ensino e pesquisa debateram o novo regime automotivo brasileiro, o
‘Inovar-Auto’. Na ocasião, deu-se a entrega, aos representantes do governo
federal, de carta elaborada no âmbito do APL (Arranjo Produtivo Local) de
Autopeças do ABCD, ora em formação e de cuja coordenação participamos.
Na carta, reconhecemos que o Inovar-Auto é um
avanço. Pela primeira são exigidas contrapartidas em inovação tecnológica aos
incentivos tributários. É possível avançar no Inovar-Auto, caso atenção
especial seja dada à base da pirâmide da cadeia automotiva, composta por
segmentos como fundição, usinagem, ferramentaria, pequenas peças, máquinas etc.
Apesar do crescimento da produção automotiva nacional, esta base vem se
desestruturando e perdendo participação no fornecimento à produção de veículos. O déficit comercial no setor
de autopeças, em 2012, atingiu US$ 5,7 bilhões.
2) apoiar a estruturação de APLs regionais para
setores ligados à cadeia automotiva; 3) promover, por meio de incentivos
tributários e de crédito, parcerias nacionais e internacionais no setor de
autopeças; 4) desonerar os bens de produção produzidos no Brasil para as
empresas de autopeças e montadoras; 5) implantar plano de renegociação de dívidas para micro, pequenas
e médias empresas para resolver o problema da emissão de CND; 6) construir
linhas de crédito para a base da pirâmide, por meio do BNDES e de
intermediários que assumam o risco do financiamento, tendo como garantia os
pedidos das montadoras e sistemistas; 7) regulamentar o gasto obrigatório das
montadoras em inovação, engenharia e desenvolvimento de fornecedores, para que parte desses recursos
sejam gastos “fora” das montadoras; 8) obrigatoriedade de que as montadoras
despendam localmente os gastos exigidos pelo
Inovar-Auto em centros de engenharia independentes,
universidades, parques tecnológicos e projetos de qualificação profissional
para a modernização da base da pirâmide nas regiões em que estão instaladas as
montadoras; 9) alterar a esoneração da folha do setor de autopeças, permitindo
que a mesma atinja a totalidade da empresa, de para viabilizar estratégias de
diversificação da produção.
O próximo passo é aprofundar com o governo as
propostas da carta, tornando-as realidade.
*Jefferson José da Conceição é secretário
de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo.
#industriaautomobilistica#politicaautomotiva
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