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Iniciativa é passo importante no
esforço da revitalização da cadeia produtiva
O recente acordo que reduziu os preços dos móveis para os moradores dos conjuntos habitacionais, promovido pela Prefeitura de São Bernardo, com a assinatura do prefeito Luiz Marinho e de representantes da cadeia produtiva moveleira (indústria, lojistas e sindicatos de trabalhadores), é de fato histórico. Representa passo importante no esforço da revitalização da cadeia produtiva que, nas últimas décadas, esteve sob o risco do desaparecimento em nossa Região.
Guerra fiscal, falta de atualização de produtos, inadequação de
processos produtivos e ausência de políticas públicas e privadas de apoio
resultaram no deslocamento de inúmeras empresas do ABCD para outros
municípios e estados. Em São Bernardo, entre 1998 e 2008, o número de
estabelecimentos foi reduzido em 35%. No mesmo período, o número de
empregados com carteira caiu de 2.342 para 1.790.
A realização e o sucesso de duas edições da Feira de Móveis na rua
Jurubatuba em 2011, na parceria que envolveu a Prefeitura e os lojistas, foi
o primeiro passo em uma sequencia de ações planejadas pelo Grupo de Trabalho
(GT) do setor moveleiro de São Bernardo. O Senai e o Sebrae também fazem
parte do GT.
O acordo, que tem validade por 12 meses, estabelece o seguinte.
a) Para os moradores dos conjuntos habitacionais construídos pela
Prefeitura será concedido desconto de no mínimo 25% sobre o preço à vista de
qualquer móvel que esteja sendo vendido nas lojas integrantes do acordo, e de
no mínimo 15% sobre o preço a prazo.
b) Compromisso da cadeia moveleira (indústria e lojistas) de que, nas
próximas inaugurações de apartamentos nos conjuntos habitacionais, a
indústria local apresentará protótipo de apartamento decorado apenas com
móveis produzidos pela indústria local. A intenção é demonstrar que os móveis
produzidos em São Bernardo e Região estão aptos a mobiliar, com preços
reduzidos e boa qualidade, não apenas as unidades habitacionais, mas os lares
em geral.
c) No âmbito do GT, desenvolver políticas em torno de temas
estratégicos para o incremento do investimento, modernização e
competitividade do setor, tais como a requalificação da rua Jurubatuba; a
melhoria dos níveis de escolarização e capacitação profissional dos
trabalhadores do setor, bem como a melhoria das relações de trabalho no
interior das empresas; a participação dos representantes da cadeia
moveleira na Associação Parque Tecnológico de São Bernardo, ora em
constituição, e que possibilitará a montagem de empresas de design de móveis.
Há ainda outros pontos que merecem atenção. São os casos do apoio à
formalização, capacitação e modernização do grande número de marceneiros independentes
que temos no ABCD, e da formulação e execução de uma política de reciclagem
de madeira.
Por tudo isto é que temos certeza que, com estas e outras ações
planejadas para o setor moveleiro, a palavra “crise” está pouco a pouco dando
lugar à outra que é a da “retomada” da produção, das vendas e do emprego.
*Jefferson José da Conceição é secretário de
Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.
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