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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Acordo histórico no setor moveleiro


 
 
 
 
 

 

 
Iniciativa é passo importante no esforço da revitalização da cadeia produtiva

O recente acordo que reduziu os preços dos móveis para os moradores dos conjuntos habitacionais, promovido pela Prefeitura de São Bernardo, com a assinatura do prefeito Luiz Marinho e de representantes da cadeia produtiva moveleira (indústria, lojistas e sindicatos de trabalhadores), é de fato histórico. Representa passo importante no esforço da revitalização da cadeia produtiva que, nas últimas décadas, esteve sob o risco do desaparecimento em nossa Região.
Guerra fiscal, falta de atualização de produtos, inadequação de processos produtivos e ausência de políticas públicas e privadas de apoio resultaram no deslocamento de inúmeras empresas do ABCD para outros municípios e estados. Em São Bernardo, entre 1998 e 2008, o número de estabelecimentos foi reduzido em 35%. No mesmo período, o número de empregados com carteira caiu de 2.342 para 1.790.
A realização e o sucesso de duas edições da Feira de Móveis na rua Jurubatuba em 2011, na parceria que envolveu a Prefeitura e os lojistas, foi o primeiro passo em uma sequencia de ações planejadas pelo Grupo de Trabalho (GT) do setor moveleiro de São Bernardo. O Senai e o Sebrae também fazem parte do GT.
O acordo, que tem validade por 12 meses, estabelece o seguinte.
a) Para os moradores dos conjuntos habitacionais construídos pela Prefeitura será concedido desconto de no mínimo 25% sobre o preço à vista de qualquer móvel que esteja sendo vendido nas lojas integrantes do acordo, e de no mínimo 15% sobre o preço a prazo.
b) Compromisso da cadeia moveleira (indústria e lojistas) de que, nas próximas inaugurações de apartamentos nos conjuntos habitacionais, a indústria local apresentará protótipo de apartamento decorado apenas com móveis produzidos pela indústria local. A intenção é demonstrar que os móveis produzidos em São Bernardo e Região estão aptos a mobiliar, com preços reduzidos e boa qualidade, não apenas as unidades habitacionais, mas os lares em geral.
c) No âmbito do GT, desenvolver políticas em torno de temas estratégicos para o incremento do investimento, modernização e competitividade do setor, tais como a requalificação da rua Jurubatuba; a melhoria dos níveis de escolarização e capacitação profissional dos trabalhadores do setor, bem como a melhoria das relações de trabalho no interior das empresas;  a participação dos representantes da cadeia moveleira na Associação Parque Tecnológico de São Bernardo, ora em constituição, e que possibilitará a montagem de empresas de design de móveis.
Há ainda outros pontos que merecem atenção. São os casos do apoio à formalização, capacitação e modernização do grande número de marceneiros independentes que temos no ABCD, e da formulação e execução de uma política de reciclagem de madeira.
Por tudo isto é que temos certeza que, com estas e outras ações planejadas para o setor moveleiro, a palavra “crise” está pouco a pouco dando lugar à outra que é a da “retomada” da produção, das vendas e do emprego.
*Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.

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