Jornal ABC Maior – EDIÇÃO Nº 526 – 22 de janeiro de
2013
Jefferson José da Conceição
O setor de ferramentaria abrange 1.852 estabelecimentos no Brasil (sendo 110 no ABCD) e representa 55.560 empregos (dos quais 3.300 na Região). Sua cadeia produtiva representa 8.533 estabelecimentos e gera 166.860 empregos. Com o novo Regime Automotivo INOVAR AUTO), que concede incentivos à produção nacional, a demanda de ferramentais deverá duplicar e o nível de emprego terá forte expansão. Apesar dessas perspectivas positivas para a demanda, o setor passa por dificuldades, o que compromete seu presente e futuro. Um dos motivos é a grande importação de ferramentais. Nos últimos cinco anos, o déficit na balança comercial totalizou US$ 1,2 bilhão (R$ 2,4 bilhões).
Neste quadro, grande parte das empresas do setor tem dificuldade em obter certidões negativas de débito (CND) para ter acesso aos financiamentos necessários para modernização, inovação e aumento de capacidade.
O ministro mostrou-se bastante receptivo às propostas apresentadas pelo APL. Afirmou que o Programa INOVAR AUTO visou fortalecer também a indústria de ferramentaria e que o Brasil pode tornar-se um forte competidor internacional neste segmento. Reconheceu que a inclusão da ferramentaria entre os setores beneficiados do Regime é fruto das ações do APL do ABCD. O ministro considerou excelente a proposta de constituição de um Grupo de Trabalho de companhamento para o Setor de Ferramentaria no Brasil. Concordou também em dialogar com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para constituir o “Pró-ferramentaria”, linha de crédito específica para atender as necessidades do setor, bem como para estruturar modalidades de financiamento, por meio de agente financeiro, que ajudem a resolver as pendências documentais citadas.
Em relação às propostas na área tecnológica, Pimentel recomendou que a proposta de desenvolver a nova tecnologia de material e ferramental de hot-form se enquadre no edital da Finep, de incentivo ao desenvolvimento de novos materiais. Uma boa notícia também foi a aceitação pelo ministro da proposta de manutenção dentro da lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) as NCM’s 8207.3000; 8480.4100 e 8480.7100, relativas ao Setor de Ferramentaria. Isto significa maior proteção contra a concorrência internacional.
O ministro sugeriu que o APL do ABCD constitua-se formalmente como pessoa jurídica, para a obtenção de recursos de apoio por parte do Ministério. E disse que pretende estimular a difusão desta experiência em outras regiões do País.
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