Nos
últimos quatro anos, ajudamos a desenvolver uma política industrial para a Região. Um breve resgate desta política é o
objetivo deste artigo.
Uma
das diretrizes desta política em curso é conectar os setores tradicionais de
nossa estrutura industrial –centrada na automotiva, metal-mecânica, química e
petroquímica
–
com as oportunidades de investimentos criadas pelas cadeias produtivas de
petróleo e gás e de defesa, segmentos intensivos em encomendas para a indústria
e geração de tecnologia. A intenção é diversificar a produção e colocar o
parque industrial do ABCD como ofertante de produtos e serviços para estas
cadeias. Por isto, realizamos
diversos
workshops e rodadas de negócios sobre o tema. Na área de petróleo e gás,
destacamos também a instalação, no térreo da Prefeitura de São Bernardo, do
Posto Avançado de Cadastramento da Petrobras, cujo objetivo é ajudar no
cadastramento de
fornecedores,
produtos e serviços para aquela empresa. Na defesa, a constituição de uma Agência
de Catalogação em Produtos de Defesa e a realização de novas rodadas
de
relacionamento e negócios entre as empresas e as Forças Armadas (como a que
aconteceu com a Marinha em 6/12/2012) são os próximos passos. Pretendemos
também
estruturar e reunir dois APLs (Arranjos Produtivos Locais) estratégicos: o de
“Petróleo e Gás”, que articulará a Prefeitura, as empresas, as universidades e
outros atores do município e Região; e o de “Defesa”, com composição
semelhante. Em ambos os casos, a finalidade é a elaboração de diagnósticos e a
implementação
de
políticas para os segmentos. Também têm sido profícuos os resultados do APL de
Móveis (com vários resultados já alcançados e que será objeto de outro artigo)
e
o
de Ferramentaria do ABCD. Este último também conta com nossa coordenação e tem
a participação efetiva de cerca de 40 empresas (no total, já passaram pelas
reuniões do Grupo de Trabalho mais de 80 empresas), bem como de representantes
da Abimaq, da Abifa e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Estão entre os
principais resultados do APL até o momento: a introdução dos benefícios
explícitos à ferramentaria no recém-lançado Regime Automotivo Brasileiro; as
negociações com
cada
uma das montadoras, com vistas à geração de encomendas para o setor; a
elaboração de um modelo de negócios para o APL; a constituição de um site para
o
APL,
ainda em construção. Pretendemos reproduzir a experiência do APL de
ferramentaria para o segmento das empresas de autopeças, um dos elos mais
atingidos pelas mudanças na dinâmica do setor automotivo. O aprofundamento de
nossa política ocorre também por meio de um relacionamento mais intenso do
parque produtivo e do poder público com as universidades e instituições de
ensino técnico.
A
instalação do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco Brasileiro em São Bernardo
foi um dos primeiros resultados nesta direção. Outro passo importante foi dado
em dezembro passado, com a Assembléia de Fundação da Associação Parque
Tecnológico de São Bernardo.
*Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento
Econômico de São Bernardo do Campo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário