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terça-feira, 18 de outubro de 2011

A indústria de defesa e o ABCD


18/10/2011
 
 
 
 

 

 
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O ABCD, maior parque industrial da América Latina, pode dialogar com o setor bélico
No dia 20, a Prefeitura de São Bernardo, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança e o Ciesp, realizará seminário sobre a indústria de defesa**. Não há qualquer ameaça de guerra futura. Somos uma nação pacífica. É, porém, uma necessidade reequipar e modernizar as Forças Armadas. País emergente, o Brasil tem desafios grandes pela frente: vigiar a imensa área da Amazônia; proteger as riquezas do pré-sal; debater a revitalização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, entre outros.

Nas últimas décadas, em especial durante o governo FHC, o País sofreu com o abandono do investimento na área da defesa nacional e segurança pública. Estes investimentos retomaram no governo Lula e devem continuar no governo Dilma.

A indústria de defesa tem certas peculiaridades: depende das compras do Estado; exige elevados de investimentos; incorpora alta tecnologia e gera empregos qualificados. Tem produtos diversificados: aviões supersônicos, submarinos, tanques, óculos para visão noturna, caminhões, munições, helicópteros, etc.

O ABCD é o maior parque industrial da América Latina, com clusters na área metal-mecânica, automobilística, química e petroquímica. Setores que dialogam perfeitamente com a indústria de defesa. Complementar também no que se refere ao desenvolvimento tecnológico. A área militar produz tecnologia que é aproveitada em vários outros ramos de negócios. São exemplos o telefone celular, o GPS e a internet.

O prefeito Luiz Marinho propõe e lidera uma política de atração de investimentos desta indústria para a Região. As viagens à Suécia e à França em 2010; a realização de workshops e seminários; a recente publicação de livro sobre defesa; a aplicação de questionário, em parceria com o Ciesp, junto às indústrias da Região, para que uma grande empresa do setor de defesa selecione subfornecedores para sua cadeia produtiva – são algumas dessas ações.

Esta política já vem rendendo frutos, tais como a inauguração do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro; o fortalecimento do intercâmbio internacional entre universidades da Região (UFABC e FEI) com empresas e instituições de pesquisa de Suécia e França; a expansão dos investimentos da empresa Omnisys, já instalada em São Bernardo; o anúncio de novos fábricas no município, como é o caso da Imbra.

Pretendemos também criar um parque tecnológico. Este será integrado ao projeto de Pólo Tecnológico do ABCD, e deverá estruturar-se na indústria de petróleo e gás, na indústria de defesa; e em alguns nichos do setor automotivo, como é o caso de um pólo de ferramentaria.
Nossa Região não almeja competir com qualquer outra pelos investimentos na defesa. Entendemos que atuaremos de modo complementar às demais regiões, entre as quais a cidade de São José dos Campos, onde está um cluster aeronáutico importante. A ampliação da indústria de defesa para novas áreas no Brasil será benéfica à Região e ao Brasil.
Jefferson José da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo.
**Sobre o seminário ver www.industriadedefesaabc.com.

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