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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

CENTRO DE EXCELÊNCIA EM SONARES EM SBC E ESTRATÉGIA DE POLÍTICA PÚBLICA MUNICIPAL


Jefferson José da Conceição (jefersondac@ig.com.br)
Flávia Beltran (flaviabeltran@hotmail.com)

Iniciamos este artigo parabenizando a Direção da empresa Omnisys, a Marinha do Brasil e a Prefeitura de São Bernardo do Campo (SBC) - representada pelo Prefeito Luiz Marinho -, pelo lançamento, nesta cidade, no dia 29/1/2016, do primeiro Centro de Excelência em Sonares da América Latina. A presença de secretários municipais acompanhando o Prefeito, entre eles o Secretário Tarcisio Secoli, atesta o envolvimento do poder público com o sucesso deste empreendimento.

As três partes tiveram papel fundamental para este momento. A Omnisys mostra seu compromisso de futuro com o Brasil, ao apostar neste Centro. Trata-se, é claro, de um investimento privado (nesta primeira etapa, da ordem de R$ 15 milhões), que se insere na estratégia de expansão da empresa. Entretanto, na área da defesa e segurança, raramente um investimento privado pode prescindir do apoio do Estado (isto é, dos governos) e das Forças Armadas, pois as compras governamentais, por motivos óbvios, estão no centro dos mercados deste segmento industrial. No que se refere ao referido investimento da Omnisys, este é indissociável da política pública também por dois outros motivos. O primeiro é que ele é feito em parceria com a Marinha do Brasil. O projeto é de interesse nacional, pois está inserido na estratégia do País de proteger a costa brasileira, que possui mais de sete mil Km de extensão. Isto significa que o Brasil deve ter condições de produzir seus próprios submarinos, o que exige domínio tecnológico avançado. O segundo é que ele é resultado também de estratégia correta implementada desde 2009 pela Gestão do Prefeito Luiz Marinho, que atende três objetivos simultâneos: o adensamento da indústria de defesa do município e região do ABC; a reconversão de parte da estrutura industrial existente, hoje bastante centrada na indústria automotiva;  a nacionalização da produção. Na maior parte deste período (de 2009 a meados de 2015), os autores deste artigo também estiveram envolvidos, juntamente com outros membros da equipe da Prefeitura, no apoio a projetos estruturantes como este na área da defesa.

Antes de apresentarmos a estratégia mais geral visando o adensamento da indústria de defesa do Grande ABC, concebida e executada pela Prefeitura de SBC desde 2009, concentremo-nos, inicialmente, sobre o caso específico da Omnisys. Esta empresa - que hoje é controlada pela Thales, player internacional na área de tecnologia de fronteira – instalou sua sede em SBC em 2008. Portanto, seu processo de consolidação e expansão praticamente coincidiu com a referida estratégia executada pela Gestão municipal, que buscou apoiar esta e outras empresas que já atuam na área de defesa ou que desejavam entrar neste mercado – apoio este sempre nos marcos da legalidade e do interesse público.

A Omnisys possui corpo técnico de cerca de 40 pessoas bastante especializadas, constituído por engenheiros, técnicos e pesquisadores. No total, são aproximadamente 150 colaboradores. A empresa atua na fabricação de radares, como os radares primários de controle de tráfego aéreo. Exporta para países como França, Argentina, México, Chile, Colômbia, China e Singapura, entre outros. A companhia produz também sistemas de guerra eletrônica.

Entre os novos projetos da Omnisys, destacam-se a instalação de uma linha de fabricação e integração de radares secundários de vigilância do espaço aéreo; e a implantação de uma unidade industrial para fabricar e reparar sonares para a Marinha do Brasil, bem como os respectivos serviços de manutenção. É em particular neste último projeto que está inserido o Centro de Excelência em Sonares de SBC (com o objetivo de desenvolver transdutores, que são equipamentos utilizados para captar sons do mar). A empresa almeja ser referência industrial para sistemas de acústicos no Brasil. Ela também pretende prover toda integração, suporte e treinamento em sistemas de sonares para os diversos usuários brasileiros, bem como projetar, fabricar e apoiar produtos acústicos no País em cooperação com outras empresas, universidades e centros de pesquisa do Brasil. Hoje, a Omnisys já mantém parcerias no Grande ABC com a UFABC, FEI, Fundação Santo André, bem como tem parcerias com centros tecnológicos como o Centro de Pesquisa de Óptica e  Fotônica (Cepof) da USP/Instituto de Física de São Carlos e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Acompanhamos etapas importantes das articulações para a implantação do Centro de Excelência em Sonares. Foram várias as visitas e reuniões sobre o assunto. Vamos nos ater ao período mais recente. Assim, no dia 8/4/2015, em Brasília, em audiência que solicitou ao Comandante Geral da Marinha, Almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, para apresentar a estratégia da cidade e da região visando seu adensamento na Base Industrial de Defesa (BID), o Prefeito Marinho foi informado pelo Comandante da Marinha que aquela Força, por meio do Instituto de Pesquisas da Marinha, IPqM, havia decidido fazer a parceria com a Omnisys para a instalação de um centro de acústica submarina (posteriormente denominado de Centro de Excelência em Sonares). O coautor deste artigo acompanhou o Prefeito nesta reunião, ainda na qualidade de Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de SBC (cargo exercido de janeiro de 2009 a junho de 2015). Cabe mencionar que, de modo semelhante ao que aconteceu com a Marinha, solicitamos e realizamos audiências também com os comandantes da Aeronáutica e do Exército Brasileiro, para apresentar nossa estratégia em relação à indústria de defesa regional.

Pudemos dar a notícia alvissareira sobre a constituição do Centro de Excelência em Sonares em SBC na Palestra que realizamos na Escola Superior de Guerra (ESG), no campus Brasília, em 16/6/2015, no Curso de Diplomacia de Defesa, quando discorremos em detalhes sobre o case da Prefeitura de SBC, e seu Arranjo Produtivo Local (APL) de Defesa do Grande ABC.  

Um dia depois, em 17/6/2015, também em Brasília, estivemos em reunião com a então Secretária Executiva do Ministério da Defesa (MD), Sra. Eva Maria Cella Dal Chiavon. Entre os vários pontos tratados sobre as ações de SBC, também foi abordado o tema dos projetos da Omnisys visando à produção de sonares submarinos. Naquele momento, o coautor deste artigo pôde acompanhar e apoiar a exposição da Direção da empresa ao Ministério. Reafirmamos que este não era um ponto apenas de interesse privado, mas sim de importância para o país e o Grande ABC.

Em 16/7/2015, revelando a relevância dos projetos da Omnisys na mencionada estratégia pública, organizamos e realizamos reunião do APL de Defesa do Grande ABC na sede da Omnisys em SBC. Nesta reunião, que tratou de vários pontos da pauta agenda regional na área da defesa, e na qual estiveram presentes cerca de 40 pessoas, entre gestores públicos, militares, empresários, pesquisadores universitários e sindicalistas, foram apresentados os principais projetos da empresa e assinado parceria entre a Secretaria e a empresa, visando inclui-la no Programa de Turismo Industrial constituído em nossa gestão (já que a cidade faz parte do coração do maior parque industrial da América Latina, abrangendo hoje 1600 estabelecimentos industriais).

Esta sequência de reuniões e de ações mostra a importância para a empresa, a cidade de SBC, o Grande ABC, e - por que não? - o Brasil, do olhar estratégico e do apoio de Gestões Públicas municipais/regionais a projetos estruturantes como este da Omnisys. Em outras palavras, entendemos que o investimento da Omnisys, além de expressar o arrojo de uma companhia moderna e tecnologicamente avançada, é também fruto de um esforço da Política Pública Municipal e Regional, neste caso, comandado pelo Prefeito Luiz Marinho, a quem tivemos o orgulho de assessorar. Isto foi reconhecido em entrevista concedida pelo vice-presidente da empresa para a América Latina, Sr. Rubem Lazo, no dia do lançamento do Centro de Excelência em Sonares, na qual afirmou: “Desde que viemos de outra cidade para cá fomos muito bem acolhidos pela Prefeitura”

A Política de Adensamento da Cadeia Produtiva de Defesa do Grande ABC

A partir do caso da Omnisys, cabe agora ampliar o foco e recuperar, ainda que brevemente, a estratégia impulsionada pela Prefeitura de São Bernardo na área de defesa, com destaque para as ações realizadas entre 2009 e junho de 2015. O relato mais detalhado desta experiência pode ser obtido no livro “A Cidade Desenvolvimentista: crescimento e diálogo social em São Bernardo do Campo 2009-2015”, de autoria de Jefferson José da Conceição, Jeroen Klink, Nilza de Oliveira e Roberto Vital Anav, e publicado pela Editora da Fundação Perseu Abramo (disponível eletronicamente no site da editora).

É sabido que a Estratégia Nacional de Defesa, elaborada e executada pelo MD e pelas Forças Armadas, abre grandes oportunidades para a indústria de defesa nas próximas décadas, em que pesem as oscilações orçamentárias, como a do presente momento.

É nesse quadro que o Grande ABC buscou ampliar sua participação na BID, especialmente por meio da reconversão de seu imenso parque industrial instalado (o maior da América Latina), entendida como diversificação e ampliação de linhas de produção complementares às já existentes.

O Grande ABC é conhecido por sediar grandes montadoras de veículos no País, como Volkswagen, Ford, General Motors, Mercedes-Benz, Scania e Toyota. Destaca-se também a presença de centenas de empresas de autopeças, dos mais variados portes. A indústria local abrange ainda setores como metalmecânica, química, petroquímica, têxtil, alimentício, moveleiro, gráfico, construção civil, entre outros.

Além dos laboratórios e centros de engenharia instalados nas empresas privadas, encontram-se na Região instituições de excelência no ensino superior e técnico: Universidade Federal do ABC (UFABC), com destaque para o curso de Engenharia Aeroespacial; Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI – anteriormente, Faculdade de Engenharia Industrial), que organizou conosco o MBA de Gestão em Defesa; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Instituto Mauá de Tecnologia (IMT); Universidade Metodista de São Paulo (UMESP); Universidade de São Caetano do Sul (USCS); Centro Universitário Fundação Santo André (FSA); Faculdades de Tecnologia (FATECs); Faculdade de Tecnologia Termomecanica, da Fundação Salvador Arena; Faculdade de Direito de SBC; escolas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAIs); Escolas Técnicas Estaduais (ETECs); entre outras. No plano institucional, a Região inovou ao criar, na década de 1990, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC – o primeiro consórcio público do País – e a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.

É respaldado nesta estrutura econômica e de conhecimento que, desde 2009, importantes esforços e conquistas foram empreendidos pelo Grande ABC na busca de sua maior participação na BID.

Em março de 2010, o Prefeito (e Presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC), Luiz Marinho, chefiou delegação em visita à Suécia, da qual o coautor deste artigo fez parte. O objetivo era iniciar conversações para inserir a Região na fabricação e desenvolvimento do caça supersônico Gripen NG, da Saab. O prefeito sempre realçou que a escolha cabia à Presidência da República e às Forças Armadas, mas que esperava contribuir com suas impressões sobre a proposta sueca. Sublinhou que seu papel era apresentar o Grande ABC como maior polo industrial da América Latina. Ficou claro para a delegação que o Gripen não era um “avião de papel”, como se especulou no Brasil. O Prefeito voou no Gripen e conheceu seu processo de produção. A imprensa divulgou que os custos por ano de vida útil do Gripen eram inferiores aos dos concorrentes. O prefeito enfatizou que isto era importante, mas que a escolha levaria em conta vários fatores, inclusive geopolíticos. Pela proposta da Saab, metade da aeronave seria produzida no Brasil e metade na Suécia. O Brasil produziria até 80% da estrutura mecânica e 40% da engenharia de projetos.  O desenvolvimento de equipamentos da área de defesa gera conhecimentos de utilidade muito além da área militar. Instrumentos da aviação civil, de infraestrutura e até utensílios domésticos derivam de tecnologias militares. 

A delegação também visitou o Parque Tecnológico da Universidade de Linköping, cidade sede da empresa Saab e que veio a se tornar cidade-irmã de SBC. Ali, pesquisa básica e aplicada transforma-se em inovações e empreendedorismo de pequenas empresas, que, por sua vez, se inserem nos projetos do governo e da própria Saab. SBC iniciou, em 19/12/2012, seu processo de constituição da Associação Parque Tecnológico, que tem a Defesa como um de seus eixos estratégicos.

O projeto Gripen, ainda em sua fase de discussão, estabelecia que seriam necessários 2.090 empregos por ano na fase do desenvolvimento, 2.770 na fabricação e 1.000 na montagem. Esses números podem ser multiplicados, quando se considera também o impacto indireto. A maioria dos empregos terá elevada capacitação.

A escolha do Projeto Gripen pela Presidente Dilma Rousseff intensificou as relações do Grande ABC com a Suécia, que se refletiram nos workshops organizados pela Prefeitura de SBC, juntamente com a Saab, em 2010 e 2011, bem como na inauguração, em SBC, do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB) em maio de 2011.

Registrem-se ainda outras ações importantes realizadas sob o comando do Prefeito, como a constituição, em 2013, do APL de Defesa do Grande ABC. Entre 2013 e 2015, o APL contou com a participação regular de cerca de 70 empresas da Região. Seu objetivo era aumentar a participação do ABC na BID, por meio da diversificação de linhas de produção existentes, muitas vezes exclusivamente focadas para o segmento automotivo.  A estratégia era a de abrir oportunidades de reconversão parcial e diversificação de mercados para o parque produtivo instalado, bem como atrair novos empreendimentos para a região. Tratava-se do único APL de Defesa no País neste formato. As reuniões do APL no período contaram com a presença de empresas, sindicatos, universidades e entidades de apoio como SEBRAE e SENAI, e de entidades da área de defesa, como a ABIMDE e o Comdefesa/Fiesp. Frequentemente, verificou-se a presença de convidados das Forças Armadas para explanar pontos de interesse dos empresários nos planos, investimentos, regulamentações e ações do MD.

A criação do APL de Defesa se deu após uma sequência de eventos na área realizados pela Prefeitura, a partir das viagens do Prefeito à Suécia e à França em 2010. No final daquele ano e no primeiro semestre de 2011, realizaram-se workshops com a Saab e o Consórcio Rafale. A Prefeitura deu apoio à criação do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB), em maio de 2011. Em seguida, foram realizados: o Seminário “Oportunidades da Indústria de Defesa e Segurança para o Brasil e o Grande ABC” com os Presidentes do BNDES e da FINEP, entidades empresariais da área, o MD e autoridades militares, empresários, sindicalistas, gestores e pesquisadores universitários, em dezembro de 2011; a passagem de questionário da Boeing Company entre cerca de cem empresas do setor no ABC, culminando com a integração de duas delas à rede mundial de suprimentos daquela empresa; a realização de Palestra do Diretor de Produtos de Defesa do MD sobre Catalogação no início de 2012.

A seguir, detalham-se as três conferências realizadas com as Forças Armadas e são citadas outras ações importantes realizadas na indústria de defesa entre 2009 e junho de 2015.

a) Realização da Conferência “Marinha do Brasil apresenta suas demandas de produtos e serviços aos empresários do Grande ABC”, em 6 de dezembro de 2012, que teve a presença de Almirantes de oficiais da Força Naval. Nesta ocasião, houve também Rodadas de Relacionamento entre militares e empresários. O comparecimento foi elevado: cerca de 350 representantes de empresas da Região estiveram presentes. O formato desta conferência serviu de modelo às das outras Forças;

b) Realização do evento “O Grande ABC recebe o Exército e suas demandas de produtos”, em 24 de julho de 2013, com a presença do Comando Logístico do Exército e mais de 450 empresários, na Universidade Metodista, organizado pela Secretaria, integrou-se ao calendário do APL de Defesa. A Carta do APL também foi apresentada nessa oportunidade;

c) Realização da Conferência da Aeronáutica: “O Comando da Aeronáutica apresenta seus projetos e demandas de produtos às empresas do Grande ABC”, em 30 de julho de 2014, no Salão Nobre da Universidade Metodista em SBC, reuniu mais de 600 empresários. Destaque para a presença do então Comandante da Força Aérea, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito. Assim como nos eventos com as demais Forças, houve ao final uma Rodada de Relacionamento entre representantes de empresas e oficiais militares.

d) Participação de membros do APL no curso da (ESG), “Gestão de Recursos de Defesa”, com o objetivo de capacitar os diversos segmentos da sociedade para o adensamento da BID;

e) Constituição do Posto de Atendimento à Pré-Catalogação em Produtos da Defesa. As empresas somente podem fornecer às Forças Armadas ou aos seus fornecedores, caso estejam catalogadas no sistema criado pelo MD. O processo de catalogação é requisito essencial para integrar as empresas à rede de fornecedores de Defesa no Brasil. Por esta razão, a Prefeitura de SBC apoiou os empresários em sua caminhada visando a catalogação, prestando serviços gratuitos de orientação às empresas da Região que tivessem interesse em fornecer seus produtos à BID e seus fornecedores. O Posto não realizou serviços de catalogação, que é função das Forças Armadas, mas viabilizou uma espécie de esboço preliminar das orientações visando a obtenção da catalogação.

f) Elaboração de Projeto de Centro de Simulação de SBC: a Prefeitura de SBC buscou realizar audiências com as Forças Armadas sobre a intenção da Prefeitura de implantar um Centro de Simulação na cidade. Parcerias foram constituídas para dar consistência ao projeto. A Prefeitura de SBC, a UFABC, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e empresários elaboraram projeto para implementar na cidade Centro de Simulação focado em voos e testes de fadiga.

g) Articulações com a FEI para a criação de um Curso de MBA em Gestão da Produção e Comercialização de Produtos de Defesa;

h) Estruturação e realização de missão à Suécia, composta por representantes dos diversos segmentos integrantes do APL: empresários, sindicalistas, acadêmicos e Poder Público local. A missão foi coordenada pelo coautor deste artigo, na qualidade de então Secretário de Desenvolvimento Econômico de SBC. A missão visitou empresas suecas, incluindo a Saab, Parques Tecnológicos como o de Linköping;

 i) Articulações com a cidade de São José dos Campos, para ações conjuntas, destacando-se um Protocolo de Intenções de ambas as cidades com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para ações de reforço às indústrias de defesa e automotiva nos dois municípios;

j) Participação do APL de Defesa do Grande ABC na LAAD (Feira Internacional de Defesa), onde ocorreu a rodada de relacionamentos entre empresas do APL e empresas suecas e a assinatura do Memorando de Entendimento (MOU) entre ABIMDE e SOFF (Associação das Indústrias de Defesa, respectivamente, do Brasil e da Suécia), com o objetivo de que os projetos e articulações acontecessem em SBC.

Ao término deste artigo, reafirmamos nosso contentamento pelos frutos de uma estratégia de política industrial local e regional, comandada com brilhantismo pelo Prefeito Luiz Marinho, que, dialogando com as diretrizes maiores de âmbito nacional, dá pouco a pouco seus frutos profícuos.

Jefferson José da Conceição é Prof. Dr. da USCS e ex-Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo entre 2009 e junho 2015.

Flávia Beltran é funcionária da Prefeitura de São Bernardo e ex-Coordenadora Técnica do APL de Defesa do Grande ABC entre 2009 e junho 2015.
Artigo publicado no site do ABCDMaior (www.abcdmaior.com.br), na coluna blogs, na data de 3/2/2016.

 

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