Jefferson José da Conceição
(jefersondac@ig.com.br)
Flávia Beltran
(flaviabeltran@hotmail.com)
Iniciamos este artigo parabenizando
a Direção da empresa Omnisys, a Marinha do Brasil e a Prefeitura de São
Bernardo do Campo (SBC) - representada pelo Prefeito Luiz Marinho -, pelo
lançamento, nesta cidade, no dia 29/1/2016, do primeiro Centro de Excelência em
Sonares da América Latina. A presença de secretários municipais acompanhando o
Prefeito, entre eles o Secretário Tarcisio Secoli, atesta o envolvimento do
poder público com o sucesso deste empreendimento.
As três partes tiveram papel
fundamental para este momento. A Omnisys mostra seu compromisso de futuro com o
Brasil, ao apostar neste Centro. Trata-se, é claro, de um investimento privado
(nesta primeira etapa, da ordem de R$ 15 milhões), que se insere na estratégia
de expansão da empresa. Entretanto, na área da defesa e segurança, raramente um
investimento privado pode prescindir do apoio do Estado (isto é, dos governos)
e das Forças Armadas, pois as compras governamentais, por motivos óbvios, estão
no centro dos mercados deste segmento industrial. No que se refere ao referido
investimento da Omnisys, este é indissociável da política pública também por
dois outros motivos. O primeiro é que ele é feito em parceria com a Marinha do
Brasil. O projeto é de interesse nacional, pois está inserido na estratégia do País
de proteger a costa brasileira, que possui mais de sete mil Km de extensão.
Isto significa que o Brasil deve ter condições de produzir seus próprios
submarinos, o que exige domínio tecnológico avançado. O segundo é que ele é
resultado também de estratégia correta implementada desde 2009 pela Gestão do
Prefeito Luiz Marinho, que atende três objetivos simultâneos: o adensamento da indústria
de defesa do município e região do ABC; a reconversão de parte da estrutura
industrial existente, hoje bastante centrada na indústria automotiva; a nacionalização da produção. Na maior parte
deste período (de 2009 a meados de 2015), os autores deste artigo também estiveram
envolvidos, juntamente com outros membros da equipe da Prefeitura, no apoio a
projetos estruturantes como este na área da defesa.
Antes de apresentarmos a
estratégia mais geral visando o adensamento da indústria de defesa do Grande
ABC, concebida e executada pela Prefeitura de SBC desde 2009, concentremo-nos,
inicialmente, sobre o caso específico da Omnisys. Esta empresa - que hoje é
controlada pela Thales, player internacional
na área de tecnologia de fronteira – instalou sua sede em SBC em 2008. Portanto,
seu processo de consolidação e expansão praticamente coincidiu com a referida estratégia
executada pela Gestão municipal, que buscou apoiar esta e outras empresas que
já atuam na área de defesa ou que desejavam entrar neste mercado – apoio este
sempre nos marcos da legalidade e do interesse público.
A Omnisys possui corpo técnico de
cerca de 40 pessoas bastante especializadas, constituído por engenheiros,
técnicos e pesquisadores. No total, são aproximadamente 150 colaboradores. A
empresa atua na fabricação de radares, como os radares primários de controle de
tráfego aéreo. Exporta para países como França, Argentina, México, Chile,
Colômbia, China e Singapura, entre outros. A companhia produz também sistemas
de guerra eletrônica.
Entre os novos projetos da
Omnisys, destacam-se a instalação de uma linha de fabricação e integração de
radares secundários de vigilância do espaço aéreo; e a implantação de uma
unidade industrial para fabricar e reparar sonares para a Marinha do Brasil,
bem como os respectivos serviços de manutenção. É em particular neste último
projeto que está inserido o Centro de Excelência em Sonares de SBC (com o
objetivo de desenvolver transdutores, que são equipamentos utilizados para
captar sons do mar). A empresa almeja ser referência industrial para sistemas
de acústicos no Brasil. Ela também pretende prover toda integração, suporte e
treinamento em sistemas de sonares para os diversos usuários brasileiros, bem
como projetar, fabricar e apoiar produtos acústicos no País em cooperação com
outras empresas, universidades e centros de pesquisa do Brasil. Hoje, a Omnisys
já mantém parcerias no Grande ABC com a UFABC, FEI, Fundação Santo André, bem
como tem parcerias com centros tecnológicos como o Centro de Pesquisa de Óptica
e Fotônica (Cepof) da USP/Instituto de
Física de São Carlos e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Acompanhamos etapas importantes
das articulações para a implantação do Centro de Excelência em Sonares. Foram
várias as visitas e reuniões sobre o assunto. Vamos nos ater ao período mais
recente. Assim, no dia 8/4/2015, em Brasília, em audiência que solicitou ao
Comandante Geral da Marinha, Almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, para
apresentar a estratégia da cidade e da região visando seu adensamento na Base
Industrial de Defesa (BID), o Prefeito Marinho foi informado pelo Comandante da
Marinha que aquela Força, por meio do Instituto de Pesquisas da Marinha, IPqM, havia
decidido fazer a parceria com a Omnisys para a instalação de um centro de
acústica submarina (posteriormente denominado de Centro de Excelência em
Sonares). O coautor deste artigo acompanhou o Prefeito nesta reunião, ainda na
qualidade de Secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de SBC
(cargo exercido de janeiro de 2009 a junho de 2015). Cabe mencionar que, de
modo semelhante ao que aconteceu com a Marinha, solicitamos e realizamos
audiências também com os comandantes da Aeronáutica e do Exército Brasileiro,
para apresentar nossa estratégia em relação à indústria de defesa regional.
Pudemos dar a notícia
alvissareira sobre a constituição do Centro de Excelência em Sonares em SBC na
Palestra que realizamos na Escola Superior de Guerra (ESG), no campus Brasília,
em 16/6/2015, no Curso de Diplomacia de Defesa, quando discorremos em detalhes
sobre o case da Prefeitura de SBC, e
seu Arranjo Produtivo Local (APL) de Defesa do Grande ABC.
Um dia depois, em 17/6/2015,
também em Brasília, estivemos em reunião com a então Secretária Executiva do Ministério
da Defesa (MD), Sra. Eva Maria Cella Dal Chiavon. Entre os vários pontos
tratados sobre as ações de SBC, também foi abordado o tema dos projetos da
Omnisys visando à produção de sonares submarinos. Naquele momento, o coautor
deste artigo pôde acompanhar e apoiar a exposição da Direção da empresa ao
Ministério. Reafirmamos que este não era um ponto apenas de interesse privado,
mas sim de importância para o país e o Grande ABC.
Em 16/7/2015, revelando a
relevância dos projetos da Omnisys na mencionada estratégia pública,
organizamos e realizamos reunião do APL de Defesa do Grande ABC na sede da Omnisys
em SBC. Nesta reunião, que tratou de vários pontos da pauta agenda regional na
área da defesa, e na qual estiveram presentes cerca de 40 pessoas, entre
gestores públicos, militares, empresários, pesquisadores universitários e sindicalistas,
foram apresentados os principais projetos da empresa e assinado parceria entre
a Secretaria e a empresa, visando inclui-la no Programa de Turismo Industrial
constituído em nossa gestão (já que a cidade faz parte do coração do maior
parque industrial da América Latina, abrangendo hoje 1600 estabelecimentos
industriais).
Esta sequência de reuniões e de
ações mostra a importância para a empresa, a cidade de SBC, o Grande ABC, e -
por que não? - o Brasil, do olhar estratégico e do apoio de Gestões Públicas
municipais/regionais a projetos estruturantes como este da Omnisys. Em outras
palavras, entendemos que o investimento da Omnisys, além de expressar o arrojo
de uma companhia moderna e tecnologicamente avançada, é também fruto de um
esforço da Política Pública Municipal e Regional, neste caso, comandado pelo
Prefeito Luiz Marinho, a quem tivemos o orgulho de assessorar. Isto foi
reconhecido em entrevista concedida pelo vice-presidente da empresa para a
América Latina, Sr. Rubem Lazo, no dia do lançamento do Centro de Excelência em
Sonares, na qual afirmou: “Desde que
viemos de outra cidade para cá fomos muito bem acolhidos pela Prefeitura”
A Política de Adensamento da Cadeia Produtiva de Defesa do Grande ABC
A partir do caso da Omnisys, cabe
agora ampliar o foco e recuperar, ainda que brevemente, a
estratégia impulsionada pela Prefeitura de São Bernardo na área de defesa, com
destaque para as ações realizadas entre 2009 e junho de 2015. O relato mais
detalhado desta experiência pode ser obtido no livro “A Cidade
Desenvolvimentista: crescimento e diálogo social em São Bernardo do Campo
2009-2015”, de autoria de Jefferson José da Conceição, Jeroen Klink, Nilza de
Oliveira e Roberto Vital Anav, e publicado pela Editora da Fundação Perseu
Abramo (disponível eletronicamente no site da editora).
É sabido que a Estratégia
Nacional de Defesa, elaborada e executada pelo MD e pelas Forças Armadas, abre
grandes oportunidades para a indústria de defesa nas próximas décadas, em que pesem
as oscilações orçamentárias, como a do presente momento.
É nesse quadro que o Grande ABC
buscou ampliar sua participação na BID, especialmente por meio da reconversão
de seu imenso parque industrial instalado (o maior da América Latina), entendida
como diversificação e ampliação de linhas de produção complementares às já
existentes.
O Grande ABC é conhecido por
sediar grandes montadoras de veículos no País, como Volkswagen, Ford, General
Motors, Mercedes-Benz, Scania e Toyota. Destaca-se também a presença de
centenas de empresas de autopeças, dos mais variados portes. A indústria local
abrange ainda setores como metalmecânica, química, petroquímica, têxtil,
alimentício, moveleiro, gráfico, construção civil, entre outros.
Além dos laboratórios e centros
de engenharia instalados nas empresas privadas, encontram-se na Região
instituições de excelência no ensino superior e técnico: Universidade Federal
do ABC (UFABC), com destaque para o curso de Engenharia Aeroespacial; Centro
Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI – anteriormente, Faculdade
de Engenharia Industrial), que organizou conosco o MBA de Gestão em Defesa;
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Instituto Mauá de Tecnologia
(IMT); Universidade Metodista de São Paulo (UMESP); Universidade de São Caetano
do Sul (USCS); Centro Universitário Fundação Santo André (FSA); Faculdades de
Tecnologia (FATECs); Faculdade de Tecnologia Termomecanica, da Fundação
Salvador Arena; Faculdade de Direito de SBC; escolas do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAIs); Escolas Técnicas Estaduais (ETECs); entre
outras. No plano institucional, a Região inovou ao criar, na década de 1990, o
Consórcio Intermunicipal Grande ABC – o primeiro consórcio público do País – e
a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.
É respaldado nesta estrutura
econômica e de conhecimento que, desde 2009, importantes esforços e conquistas
foram empreendidos pelo Grande ABC na busca de sua maior participação na BID.
Em março de 2010, o Prefeito (e
Presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC), Luiz Marinho, chefiou
delegação em visita à Suécia, da qual o coautor deste artigo fez parte. O
objetivo era iniciar conversações para inserir a Região na fabricação e
desenvolvimento do caça supersônico Gripen NG, da Saab. O prefeito sempre
realçou que a escolha cabia à Presidência da República e às Forças Armadas, mas
que esperava contribuir com suas impressões sobre a proposta sueca. Sublinhou
que seu papel era apresentar o Grande ABC como maior polo industrial da América
Latina. Ficou claro para a delegação que o Gripen não era um “avião de papel”,
como se especulou no Brasil. O Prefeito voou no Gripen e conheceu seu processo
de produção. A imprensa divulgou que os custos por ano de vida útil do Gripen
eram inferiores aos dos concorrentes. O prefeito enfatizou que isto era
importante, mas que a escolha levaria em conta vários fatores, inclusive
geopolíticos. Pela proposta da Saab, metade da aeronave seria produzida no
Brasil e metade na Suécia. O Brasil produziria até 80% da estrutura mecânica e
40% da engenharia de projetos. O
desenvolvimento de equipamentos da área de defesa gera conhecimentos de
utilidade muito além da área militar. Instrumentos da aviação civil, de
infraestrutura e até utensílios domésticos derivam de tecnologias
militares.
A delegação também visitou o
Parque Tecnológico da Universidade de Linköping, cidade sede da empresa Saab e
que veio a se tornar cidade-irmã de SBC. Ali, pesquisa básica e aplicada
transforma-se em inovações e empreendedorismo de pequenas empresas, que, por
sua vez, se inserem nos projetos do governo e da própria Saab. SBC iniciou, em
19/12/2012, seu processo de constituição da Associação Parque Tecnológico, que
tem a Defesa como um de seus eixos estratégicos.
O projeto Gripen, ainda em sua
fase de discussão, estabelecia que seriam necessários 2.090 empregos por ano na
fase do desenvolvimento, 2.770 na fabricação e 1.000 na montagem. Esses números
podem ser multiplicados, quando se considera também o impacto indireto. A
maioria dos empregos terá elevada capacitação.
A escolha do Projeto Gripen pela
Presidente Dilma Rousseff intensificou as relações do Grande ABC com a Suécia, que
se refletiram nos workshops organizados pela Prefeitura de SBC, juntamente com
a Saab, em 2010 e 2011, bem como na inauguração, em SBC, do Centro de Pesquisa
e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB) em maio de 2011.
Registrem-se ainda outras ações
importantes realizadas sob o comando do Prefeito, como a constituição, em 2013,
do APL de Defesa do Grande ABC. Entre 2013 e 2015, o APL contou com a
participação regular de cerca de 70 empresas da Região. Seu objetivo era
aumentar a participação do ABC na BID, por meio da diversificação de linhas de
produção existentes, muitas vezes exclusivamente focadas para o segmento
automotivo. A estratégia era a de abrir
oportunidades de reconversão parcial e diversificação de mercados para o parque
produtivo instalado, bem como atrair novos empreendimentos para a região. Tratava-se
do único APL de Defesa no País neste formato. As reuniões do APL no período contaram
com a presença de empresas, sindicatos, universidades e entidades de apoio como
SEBRAE e SENAI, e de entidades da área de defesa, como a ABIMDE e o Comdefesa/Fiesp.
Frequentemente, verificou-se a presença de convidados das Forças Armadas para
explanar pontos de interesse dos empresários nos planos, investimentos,
regulamentações e ações do MD.
A criação do APL de Defesa se deu
após uma sequência de eventos na área realizados pela Prefeitura, a partir das
viagens do Prefeito à Suécia e à França em 2010. No final daquele ano e no
primeiro semestre de 2011, realizaram-se workshops com a Saab e o Consórcio
Rafale. A Prefeitura deu apoio à criação do Centro de Pesquisa e Inovação
Sueco-Brasileiro (CISB), em maio de 2011. Em seguida, foram realizados: o
Seminário “Oportunidades da Indústria de Defesa e Segurança para o Brasil e o
Grande ABC” com os Presidentes do BNDES e da FINEP, entidades empresariais da
área, o MD e autoridades militares, empresários, sindicalistas, gestores e
pesquisadores universitários, em dezembro de 2011; a passagem de questionário
da Boeing Company entre cerca de cem empresas do setor no ABC, culminando com a
integração de duas delas à rede mundial de suprimentos daquela empresa; a
realização de Palestra do Diretor de Produtos de Defesa do MD sobre Catalogação
no início de 2012.
A seguir, detalham-se as três
conferências realizadas com as Forças Armadas e são citadas outras ações
importantes realizadas na indústria de defesa entre 2009 e junho de 2015.
a) Realização da Conferência
“Marinha do Brasil apresenta suas demandas de produtos e serviços aos
empresários do Grande ABC”, em 6 de dezembro de 2012, que teve a presença de
Almirantes de oficiais da Força Naval. Nesta ocasião, houve também Rodadas de
Relacionamento entre militares e empresários. O comparecimento foi elevado:
cerca de 350 representantes de empresas da Região estiveram presentes. O
formato desta conferência serviu de modelo às das outras Forças;
b) Realização do evento “O Grande
ABC recebe o Exército e suas demandas de produtos”, em 24 de julho de 2013, com
a presença do Comando Logístico do Exército e mais de 450 empresários, na
Universidade Metodista, organizado pela Secretaria, integrou-se ao calendário
do APL de Defesa. A Carta do APL também foi apresentada nessa oportunidade;
c) Realização da Conferência da
Aeronáutica: “O Comando da Aeronáutica apresenta seus projetos e demandas de
produtos às empresas do Grande ABC”, em 30 de julho de 2014, no Salão Nobre da
Universidade Metodista em SBC, reuniu mais de 600 empresários. Destaque para a
presença do então Comandante da Força Aérea, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti
Saito. Assim como nos eventos com as demais Forças, houve ao final uma Rodada
de Relacionamento entre representantes de empresas e oficiais militares.
d) Participação de membros do APL
no curso da (ESG), “Gestão de Recursos de Defesa”, com o objetivo de capacitar
os diversos segmentos da sociedade para o adensamento da BID;
e) Constituição do Posto de
Atendimento à Pré-Catalogação em Produtos da Defesa. As empresas somente podem
fornecer às Forças Armadas ou aos seus fornecedores, caso estejam catalogadas
no sistema criado pelo MD. O processo de catalogação é requisito essencial para
integrar as empresas à rede de fornecedores de Defesa no Brasil. Por esta
razão, a Prefeitura de SBC apoiou os empresários em sua caminhada visando a
catalogação, prestando serviços gratuitos de orientação às empresas da Região
que tivessem interesse em fornecer seus produtos à BID e seus fornecedores. O
Posto não realizou serviços de catalogação, que é função das Forças Armadas,
mas viabilizou uma espécie de esboço preliminar das orientações visando a
obtenção da catalogação.
f) Elaboração de Projeto de Centro
de Simulação de SBC: a Prefeitura de SBC buscou realizar audiências com as
Forças Armadas sobre a intenção da Prefeitura de implantar um Centro de
Simulação na cidade. Parcerias foram constituídas para dar consistência ao
projeto. A Prefeitura de SBC, a UFABC, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e
empresários elaboraram projeto para implementar na cidade Centro de Simulação
focado em voos e testes de fadiga.
g) Articulações com a FEI para a
criação de um Curso de MBA em Gestão da Produção e Comercialização de Produtos
de Defesa;
h) Estruturação e realização de
missão à Suécia, composta por representantes dos diversos segmentos integrantes
do APL: empresários, sindicalistas, acadêmicos e Poder Público local. A missão
foi coordenada pelo coautor deste artigo, na qualidade de então Secretário de
Desenvolvimento Econômico de SBC. A missão visitou empresas suecas, incluindo a
Saab, Parques Tecnológicos como o de Linköping;
i) Articulações com a cidade de São José dos
Campos, para ações conjuntas, destacando-se um Protocolo de Intenções de ambas
as cidades com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para
ações de reforço às indústrias de defesa e automotiva nos dois municípios;
j) Participação do APL de Defesa
do Grande ABC na LAAD (Feira Internacional de Defesa), onde ocorreu a rodada de
relacionamentos entre empresas do APL e empresas suecas e a assinatura do
Memorando de Entendimento (MOU) entre ABIMDE e SOFF (Associação das Indústrias
de Defesa, respectivamente, do Brasil e da Suécia), com o objetivo de que os
projetos e articulações acontecessem em SBC.
Ao término deste artigo,
reafirmamos nosso contentamento pelos frutos de uma estratégia de política
industrial local e regional, comandada com brilhantismo pelo Prefeito Luiz
Marinho, que, dialogando com as diretrizes maiores de âmbito nacional, dá pouco
a pouco seus frutos profícuos.
Jefferson José da Conceição é Prof. Dr. da USCS e ex-Secretário de
Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo entre
2009 e junho 2015.
Flávia Beltran é funcionária da Prefeitura de São Bernardo e
ex-Coordenadora Técnica do APL de Defesa do Grande ABC entre 2009 e junho 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário